terça-feira, 9 de julho de 2013


Famema prevê entrega de projeto para criação da autarquia de saúde em setembro

Texto deve passar por votação na Assembleia Legislativa. Equipe da secretaria estadual da Saúde acompanha processo

MUDANÇA - Famema quer criar uma autarquia de assistência à saúde - Foto: Arquivo
CIBELE MARTINS

O diretor da Famema (Faculdade de Medicina de Marília), Paulo Roberto Michelone, informou que pretende finalizar até setembro o projeto sobre a criação de uma Autarquia de Assistência à Saúde que passaria a administrar o complexo. A medida deve proporcionar maior autonomia à instituição. O desenvolvimento do projeto é realizado por uma comissão composta por representantes da faculdade e membros da secretaria estadual da Saúde, a qual a autarquia estará ligada. Atualmente, a Famema pertence à secretaria estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia.
Todo o cronograma que envolve a autarquia - já autorizado pelo governador Geraldo Alckmin - deve ser enviado à Assembleia Legislativa para análise dos parlamentares.
Segundo Michelone, no momento o grupo trabalha no dimensionamento do quadro pessoal da Famema. O diretor explica que após a criação da autarquia haverá um período de transição em que os funcionários serão transferidos para autarquia. Depois desta etapa a reposição, que costuma ser de 10% do quadro, só poderá ser feita mediante concurso público.
Além disso, a comissão também estuda qual o número de contratações necessárias, tendo em vista a ampliação do número de leitos do HC (Hospital das Clínicas) e do setor de oncologia, por exemplo. Atualmente, a Famema conta com 2.400 servidores registrados pela Fumes (Fundação Municipal de Ensino Superior) e Famar (Fundação de Apoio à Faculdade de Medicina de Marília).
“Com a implantação da autarquia fortaleceremos a política salarial e teremos uma autonomia financeira para promover reajustes aos funcionários”, fala.
Para execução do projeto a equipe da secretaria estadual da Educação tem visitado todos os setores do Complexo Famema como os hospitais, banco de olhos, hemocentro, NGA (Núcleo de Gestão Assistencial) e Ambulatório Mário Covas.
“Médicos do gabinete do secretário adjunto da Saúde visitam as instalações para verificar de perto quais são nossas reais necessidades relacionadas aos atendimentos. Enfim, o trabalho visa definir orçamento e por isso é necessário dimensionar os valores exatos para que não tenhamos problemas futuros”.
Com a criação da autarquia o orçamento enviado ao HC deverá dobrar e passar de R$ 60 milhões para R$ 120 milhões.
“Pretendemos finalizar até setembro. Isto porque o próximo ano é eleitoral e mais complicado de realizar mudanças deste porte”.
Michelone explica que a encampação dos cursos de medicina e enfermagem por uma universidade estadual como Unicamp, Unesp ou USP deve ocorrer após a criação da autarquia. O ensino prosseguiria alocado na secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia. “Isto ficará para um segundo momento, isto porque nenhuma universidade quer receber os cursos interligados à saúde o que significaria mais gastos, mas com o desmembramento acreditamos que será possível”, finaliza o diretor.




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