terça-feira, 4 de setembro de 2012

Privatização do Daem pode deixar 500 funcionários desempregados

Proposta do candidato Daniel Alonso (PSDB), veiculada em programa eleitoral, repercutiu negativamente com população e sindicato dos servidores públicos

PLANO - Intenção de privatizar o Daem integra plano de governo da chapa Daniel Alonso / Eduardo Nascimento - Foto: Paulo Cansini
A informação divulgada no programa eleitoral do candidato a prefeito Daniel Alonso (PSDB) - veículado no dia 29 de agosto - sobre a intenção de privatizar o Daem (Departamento de Água e Esgoto de Marília) repercutiu negativamente entre a população e o Sindimmar (Sindicato dos Servidores nos Serviços Públicos Municipais de Marília). Caso o departamento passe a ser administrado pelo setor privado, 500 servidores correm o risco de ficar sem emprego. A ideia já havia sido proposta em 2010, pela administração do ex-prefeito Mário Bulgareli, que renunciou em março deste ano, passando a cadeira ao vice Ticiano Toffoli, até então diretor do Daem.
O presidente do Sindimmar, Mauro Cirino, lembra que na ocasião a entidade com apoio de associações de bairros organizou campanhas contra a mudança. “Foram três anos com esta ameaça e não queremos isto outra vez. O sindicato é totalmente contra a privatização e terceirização do serviço público, assim como qualquer candidato que seja favorável a esta medida”, declara Cirino.
O sindicalista afirma que se atualmente o departamento não presta um bom atendimento à população é resultado da falta de investimento no setor. “O mau serviço está atrelado à falta de gerência e investimento tanto em material como no quadro profissional. Não é culpa dos trabalhadores e muito menos da população”, diz.
O presidente defende a valorização dos funcionários de carreira e capacitação. “Atualmente temos um quadro de pessoas competentes que já conhecem os problemas relacionados a água e esgoto. Acredito que falte valorização aos funcionários concursados”, diz.
A alta da tarifa d’água, que em outras cidades que possuem o serviço terceirizado chega a ser 20% maior que a de Marília, também assusta a população. “Penso que não deveria ser alterado este sistema, pois além do desemprego dos funcionários ainda corremos o risco de pagar mais caro pelo serviço”, comenta o autônomo Gilmar Pinheiro dos Santos, 38.
O corretor de imóveis, Justino Antônio da Silva, 74, também é contra a proposta. “Não acredito que privatizar seja a melhor escolha. Tanto no setor público como privado o importante é a boa administração. Os candidatos devem pensar em novas formas de gerência do departamento”.




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