domingo, 16 de junho de 2013

Cidade iguala casos de meningite de 2012; Saúde descarta epidemia

Este ano foram registrados dois casos da doença, com um óbito; ano passado também foram dois casos

MENINGITE - Rachel Ramires, da vigilância epidemiológica, afasta possível epidemia
A Vigilância Epidemiológica de Marília descartou a possibilidade de uma epidemia ou até maior circulação da bactéria que transmite a meningite meningocócica do tipo C, o mesmo que provocou a morte do garoto de 14 anos na noite da última quarta-feira (12). O caso gerou receio do aparecimento de casos em série da doença em Marília, mas a hipótese foi afastada ontem pela supervisora da vigilância epidemiológica, Rachel Ramires. Segundo ela, não há o que temer, já que a taxa de letalidade por meningite no município é de 13%, número bem abaixo da tolerância do Ministério da Saúde que é de 20%. Este ano o número de casos já é igual ao total registrado em 2012. O primeiro foi registrado em janeiro e o paciente já passa bem. O segundo resultou em óbito.
“Apesar da gravidade do caso, a população não precisa temer uma epidemia. Já estima-se que haja casos como estes e Marília está abaixo dos índices registrados em outras regiões do país”.
Até agora, não existem outros casos suspeitos de meningite na cidade. Segundo Raquel, a meningite meningocócica do tipo C é uma das mais graves pela rapidez na evolução do caso. “Ela pode se agravar por vários fatores, desde a baixa imunidade do corpo, até o número de bactérias a que a pessoa infectada teve contato”, destacou.
Como fica alojada na região da garganta, a forma de contágio é muito parecida com a gripe, através da fala, tosse, espirros e beijos. Geralmente o contágio acontece dentro de casa entre os familiares que possuem contato mais íntimo e prolongado.
SINTOMAS
A base sintomática da meningite pode ser confundida com qualquer doença, seja gripe, virose, dengue e, segundo Raquel Ramires, é preciso manter o paciente em observação para confirmação do diagnóstico. “Os únicos sintomas que podem denunciar a meningite são as manchas vermelhas na pele, a rigidez na nuca e o vômito, que podem ou não aparecer e que só serão observados com a evolução do caso”, disse.
PREVENÇÃO
A prevenção da meningite se baseia nas mais corriqueiras situações como a lavagem de mãos, manter os ambientes arejados, manter a higiene básica e evitar aglomerações de pessoas. Segundo a coordenadora da vigilância, existem vacinas contra a doença disponíveis nos postos de saúde apenas para as crianças, devido à baixa imunidade.
Em clínicas particulares a dose da vacina, inclusive para adultos, custa entre R$ 130 e R$ 140. Uma vez imunizado, o adulto deve fazer reforço no prazo de cinco anos.



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