Cesta básica paulista tem alta de 2,5% em fevereiro
A alta do último mês foi influenciada especialmente pelo tomate, que subiu 10%, seguida pela batata (8,9%)
Pelo quinto mês consecutivo, o estado de São Paulo permaneceu em
fevereiro no posto da cesta básica mais cara do país. O preço médio do
conjunto de 13 produtos alimentícios que compõem a cesta atingiu R$
326,59 no último mês, alta de 2,57% ante janeiro, quando o preço era de
R$ 318,40. Nos dois primeiros meses do ano a variação foi de 7% em
relação ao mesmo período do ano passado. Já na comparação com fevereiro
de 2012, o aumento chega a 18,10%.
Em fevereiro, oito dos 13 itens que compõem a cesta paulistana
apresentaram elevação nos preço. A alta mais representativa foi do
tomate, que subiu 10,09%. Em seguida está a batata (8,91%), feijão
(6,34%), farinha de trigo (5,26%), manteiga (3,27%), pão francês
(1,47%), carne bovina de primeira (0,65%) e leite in natura integral
(0,35%). Outros cinco produtos tiveram queda no período: açúcar refinado
(-6,96%), arroz-agulhinha (-2,33%), banana nanica (-1,86%), óleo de
soja (-0,85%) e café em pó (-0,22%).
Na comparação anual, apenas o açúcar refinado (-0,47%) apresentou
recuo nos preços. Quatro dos outros 12 produtos da cesta que tiveram
aumento registraram variações acima da encontrada para o total da cesta:
tomate (80,51%), batata (79,35%), arroz (32,63%) e óleo de soja
(25,45). Os outros oito itens tiveram alta abaixo do preço médio da
cesta: farinha de trigo (16,50%), feijão (16,13%), pão francês (15,64%),
café em pó (12,56%), leite in natura integral (8,61%), manteiga
(8,09%), banana nanica (5,90%) e carne bovina (3,52%).
O economista Eduardo Rino explica que o principal motivo da alta
anual foi o fator climático registrado no sul e sudeste, onde o volume
de chuva foi afetado. “Tudo isso está relacionado à falta de chuva em
período de safra. Outro fator que contribui para alta é o aumento do
óleo diesel que dificulta transportes de mercadoria. É a lei da oferta e
da procura. Esperamos que o governo reduza os tributos em cima da cesta
básica”, fala.
O Dieese estima que o valor do salário mínimo em fevereiro deveria
ter sido de R$ 2.743,69, 4,05 vezes o mínimo em vigor, de R$ 678,00.
Para chegar a esse valor, a entidade leva em conta a previsão
constitucional de que o salário mínimo deve ser suficiente para cobrir
as despesas de uma família com alimentação, moradia, saúde, educação,
vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Em janeiro, o mínimo necessário era R$ 2.674,88, ou 3,95 vezes o piso
vigente. Em fevereiro de 2012, o valor correspondia a R$ 2.323,21, ou
3,74 vezes o mínimo de então (R$ 622,00).
Em fevereiro, o custo da cesta em São Paulo comprometeu 52,36% do
salário mínimo líquido - após os descontos previdenciários. Em janeiro, o
porcentual era de 51,05%.
Na sequência, apareceram Porto Alegre (R$ 318,16), Florianópolis (R$
314,46) e Manaus (R$ 314,18). As capitais com valores médios mais baixos
foram Aracaju (R$ 238 40), Campo Grande (R$ 269,38) e Salvador (R$
270,04).
A comerciante Elizabeth da Silva Pereira, 57, afirma que sentiu alta
em diversos produtos. “O tomate em especial está bem caro, porém tem que
comprar de qualquer jeito. Então arco com o prejuízo”, revela.
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Cesta básica paulista tem alta de 2,5% em fevereiro
A alta do último mês foi influenciada especialmente pelo tomate, que subiu 10%, seguida pela batata (8,9%)
Pelo quinto mês consecutivo, o estado de São Paulo permaneceu em
fevereiro no posto da cesta básica mais cara do país. O preço médio do
conjunto de 13 produtos alimentícios que compõem a cesta atingiu R$
326,59 no último mês, alta de 2,57% ante janeiro, quando o preço era de
R$ 318,40. Nos dois primeiros meses do ano a variação foi de 7% em
relação ao mesmo período do ano passado. Já na comparação com fevereiro
de 2012, o aumento chega a 18,10%.
Em fevereiro, oito dos 13 itens que compõem a cesta paulistana apresentaram elevação nos preço. A alta mais representativa foi do tomate, que subiu 10,09%. Em seguida está a batata (8,91%), feijão (6,34%), farinha de trigo (5,26%), manteiga (3,27%), pão francês (1,47%), carne bovina de primeira (0,65%) e leite in natura integral (0,35%). Outros cinco produtos tiveram queda no período: açúcar refinado (-6,96%), arroz-agulhinha (-2,33%), banana nanica (-1,86%), óleo de soja (-0,85%) e café em pó (-0,22%).
Na comparação anual, apenas o açúcar refinado (-0,47%) apresentou recuo nos preços. Quatro dos outros 12 produtos da cesta que tiveram aumento registraram variações acima da encontrada para o total da cesta: tomate (80,51%), batata (79,35%), arroz (32,63%) e óleo de soja (25,45). Os outros oito itens tiveram alta abaixo do preço médio da cesta: farinha de trigo (16,50%), feijão (16,13%), pão francês (15,64%), café em pó (12,56%), leite in natura integral (8,61%), manteiga (8,09%), banana nanica (5,90%) e carne bovina (3,52%).
O economista Eduardo Rino explica que o principal motivo da alta anual foi o fator climático registrado no sul e sudeste, onde o volume de chuva foi afetado. “Tudo isso está relacionado à falta de chuva em período de safra. Outro fator que contribui para alta é o aumento do óleo diesel que dificulta transportes de mercadoria. É a lei da oferta e da procura. Esperamos que o governo reduza os tributos em cima da cesta básica”, fala.
O Dieese estima que o valor do salário mínimo em fevereiro deveria ter sido de R$ 2.743,69, 4,05 vezes o mínimo em vigor, de R$ 678,00. Para chegar a esse valor, a entidade leva em conta a previsão constitucional de que o salário mínimo deve ser suficiente para cobrir as despesas de uma família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Em janeiro, o mínimo necessário era R$ 2.674,88, ou 3,95 vezes o piso vigente. Em fevereiro de 2012, o valor correspondia a R$ 2.323,21, ou 3,74 vezes o mínimo de então (R$ 622,00).
Em fevereiro, o custo da cesta em São Paulo comprometeu 52,36% do salário mínimo líquido - após os descontos previdenciários. Em janeiro, o porcentual era de 51,05%.
Na sequência, apareceram Porto Alegre (R$ 318,16), Florianópolis (R$ 314,46) e Manaus (R$ 314,18). As capitais com valores médios mais baixos foram Aracaju (R$ 238 40), Campo Grande (R$ 269,38) e Salvador (R$ 270,04).
A comerciante Elizabeth da Silva Pereira, 57, afirma que sentiu alta em diversos produtos. “O tomate em especial está bem caro, porém tem que comprar de qualquer jeito. Então arco com o prejuízo”, revela.
Em fevereiro, oito dos 13 itens que compõem a cesta paulistana apresentaram elevação nos preço. A alta mais representativa foi do tomate, que subiu 10,09%. Em seguida está a batata (8,91%), feijão (6,34%), farinha de trigo (5,26%), manteiga (3,27%), pão francês (1,47%), carne bovina de primeira (0,65%) e leite in natura integral (0,35%). Outros cinco produtos tiveram queda no período: açúcar refinado (-6,96%), arroz-agulhinha (-2,33%), banana nanica (-1,86%), óleo de soja (-0,85%) e café em pó (-0,22%).
Na comparação anual, apenas o açúcar refinado (-0,47%) apresentou recuo nos preços. Quatro dos outros 12 produtos da cesta que tiveram aumento registraram variações acima da encontrada para o total da cesta: tomate (80,51%), batata (79,35%), arroz (32,63%) e óleo de soja (25,45). Os outros oito itens tiveram alta abaixo do preço médio da cesta: farinha de trigo (16,50%), feijão (16,13%), pão francês (15,64%), café em pó (12,56%), leite in natura integral (8,61%), manteiga (8,09%), banana nanica (5,90%) e carne bovina (3,52%).
O economista Eduardo Rino explica que o principal motivo da alta anual foi o fator climático registrado no sul e sudeste, onde o volume de chuva foi afetado. “Tudo isso está relacionado à falta de chuva em período de safra. Outro fator que contribui para alta é o aumento do óleo diesel que dificulta transportes de mercadoria. É a lei da oferta e da procura. Esperamos que o governo reduza os tributos em cima da cesta básica”, fala.
O Dieese estima que o valor do salário mínimo em fevereiro deveria ter sido de R$ 2.743,69, 4,05 vezes o mínimo em vigor, de R$ 678,00. Para chegar a esse valor, a entidade leva em conta a previsão constitucional de que o salário mínimo deve ser suficiente para cobrir as despesas de uma família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Em janeiro, o mínimo necessário era R$ 2.674,88, ou 3,95 vezes o piso vigente. Em fevereiro de 2012, o valor correspondia a R$ 2.323,21, ou 3,74 vezes o mínimo de então (R$ 622,00).
Em fevereiro, o custo da cesta em São Paulo comprometeu 52,36% do salário mínimo líquido - após os descontos previdenciários. Em janeiro, o porcentual era de 51,05%.
Na sequência, apareceram Porto Alegre (R$ 318,16), Florianópolis (R$ 314,46) e Manaus (R$ 314,18). As capitais com valores médios mais baixos foram Aracaju (R$ 238 40), Campo Grande (R$ 269,38) e Salvador (R$ 270,04).
A comerciante Elizabeth da Silva Pereira, 57, afirma que sentiu alta em diversos produtos. “O tomate em especial está bem caro, porém tem que comprar de qualquer jeito. Então arco com o prejuízo”, revela.
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