sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Impostos pagos por marilienses atingem R$ 435 milhões no ano

O levantamento realizado em tempo real mostra que o montante pago por morador de Marília gira em torno de R$ 2 mil

IMPOSTOS - Vânia não concorda com abusos

Segundo o endereço eletrônico, www.impostometro.com.br, os marilienses já pagaram aproximadamente R$ 435 milhões em impostos estaduais, municipais e federais desde o dia primeiro de janeiro até ontem (1). O levantamento realizado em tempo real mostra que o montante pago por cada morador de Marília gira em torno de R$ 2 mil.
Na análise com outras cidades da região do mesmo porte, Marília é o segundo município que mais paga imposto, ficando atrás somente de Bauru, que ontem registrou R$ 612 milhões de carga tributária. Em terceiro lugar está Presidente Prudente que no período destinou aos cofres públicos R$ 357 milhões. Os moradores de Araçatuba já desembolsaram R$ 328 milhões com impostos. Já em Lins o montante foi de R$ 107 milhões e em Assis R$ 148 milhões.
O site também aponta que o valor dos tributos divididos por mês foi de R$ 43,3 milhões. Na divisão por dia foram pagos R$ 1,4 milhão. Já por hora foram R$ 59,2 mil. Os marilienses estão pagando por segundo em média R$ 16 em carga tributária.
Segundo o economista Eduardo Rino, os impostos em nosso país são muito elevados, por isso a necessidade de uma reforma tributária, que está sendo discutida pelo governo federal. “A nossa tributação afeta quem está produzindo. A reforma tributária seria uma redução das alíquotas dos tributos. Como o governo já fez com o IPI e surtiu efeito tanto para as indústrias como para o consumidor final. O recolhimento patronal, PIS, CONFINS e ICSM são elevados e deixam o país sem competitividade com o mercado externo. A reforma tributária é um atrativo muito grande para os empresários, pois deixará a produção facilitada e tornará possível competir e aquecer a economia industrial. Para afetar o consumidor final e o preço dos produtos de varejo a reforma tributária seria necessária em âmbito municipal, estadual e federal, pois assim o preço das mercadorias poderia ser comparado aos demais países”, avalia Rino.
O site ainda aponta o que é possível comprar com o total de valores arrecadados. No caso de Marília, seria possível arcar com os custos de 378 quilômetros de asfalto em vias públicas, contratar mais de 27.004 policiais por ano, construir mais de 12.422 casas populares de 40 metros quadrados. Além de construir 1.510 unidades de saúde equipadas.
Entre os produtos de uso diário com maior carga tributária está o xampu com 44,20%, sendo que o preço de R$ 2,60 com imposto passa a ser vendido por R$ 4,66; sabão em pó com 40,80%; álcool de limpeza com 32,77%; além de catchup com 40,96%; refrigerante em lata com 46,47% e água mineral com 44,55%. Já as bebidas alcoólicas lideram o montante de impostos. A cerveja, por exemplo, possui percentual de 55% em tributos e a cachaça 81,87%.
A população considera que os valores pagos são muito altos para não ter retorno.
É o que fala a doméstica Vânia Maria Gonçalves, 48, além de não ver retorno, não concorda com o abuso dos impostos. “Os impostos em nosso país são muito elevados, em troca não recebemos nada. Acho um abuso o que fazem com o povo brasileiro, que continua com atendimento precário nos postos de saúde, entre outros problemas”
A dona de casa, Francine Paula dos Santos também reclama da falta de assistência na saúde e descaso com vias públicas. “O brasileiro paga muito imposto em contas diversas do dia a dia, e um setor de saúde básica, por exemplo, que todos nós sabemos que recebe a maior parte da verba para investimento, tem filas, faltam médicos e medicamentos, principalmente em Marília. Parece que o nosso dinheiro é em vão”, fala.




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