Esquecida, faixa de segurança é tema de campanha educativa no trânsito
Equipe do programa Viva Feliz Sem Acidentes entregará panfletos informativos nos principais cruzamentos de Marília
A faixa de segurança, dispositivo que passa despercebido pela
maioria dos pedestres e motoristas de Marília, é tema de campanha
educativa no trânsito desenvolvida por equipe do programa Viva Feliz Sem
Acidentes. Apesar de garantir a travessia segura, a função da faixa
parece ter sido esquecida. Cena comum no trânsito caótico de Marília é
pedestre no meio da rua e veículos em cima da faixa.
A campanha foi lançada na manhã de ontem, no cruzamento da rua 9 de
Julho com a avenida Sampaio Vidal, um dos mais críticos do centro da
cidade. Até 11 de dezembro, voluntários vão distribuir aos motoristas e
pedestres, nos principais cruzamentos, panfletos explicando a
importância da faixa.
“Este trabalho tem o intuito de iniciar uma nova cultura de trânsito
na cidade. Por exemplo, onde existe a faixa, mas não há semáforo, é só
estender o braço com a palma da mão voltada para os carros, esperar os
veículos pararem e atravessarem tranquilamente”, comenta o coordenador
do Programa Viva Feliz Sem Acidentes, Nelson Feitosa.
Da mesma forma os motoristas também são orientados sobre como agir no
trânsito. “Se você está dirigindo pode ligar o pisca-alerta para
indicar que está parado para a travessia. Parar na faixa é lei e este
novo sinal vem para auxiliar a relação entre condutor e pedestre”, diz.
Ontem, enquanto Feitosa explicava a importância da campanha,
pedestres desrespeitavam o trânsito atravessando fora da faixa na
avenida Sampaio Vidal. A vendedora Fernanda Freire, 32, foi uma das
flagradas cometendo a irregularidade. Ela alega correria do dia a dia
como justificativa para a infração. “Mas sei que é necessário mais
consciência até mesmo em respeito a nossa própria vida”, diz.
O motorista Vanderlei Gomes, 42, que foi orientado pelos agentes
também é favorável a campanha. “É essencial que haja um respeito mútuo
entre o pedestre e o condutor, mas não é o que temos presenciado no dia a
dia”, revela.
A multa para o motorista que deixar de dar preferência ao pedestre
sobre a faixa ou não deixar o mesmo terminar a travessia é de R$ 191,53,
além da perda de sete pontos na carteira de habilitação.
Multa para quem atravessa fora da faixa não é aplicada
Pelo artigo 254 do Código Brasileiro de Trânsito, a multa para o
pedestre que deixa de atravessar na faixa de pedestre, custa R$ 54. Mas,
como ainda não há regulamentação para essa penalidade por questões
jurídicas, os pedestres infratores continuam impunes, mesmo que a multa
esteja prevista desde o código de 1966. “A aplicação não ocorre somente
em Marília, mas em todo o país, o que é ruim, pois se houvesse mais
rigor talvez as irregularidades diminuiriam”, fala o Feitosa.
Para a estudante Aline de Deus, 21, a falta de respeito à faixa é
ausência de hábito. “Quando as pessoas passam pela faixa alguns
motoristas avançam e quase atropelam, por isso alguns pedestres já se
acostumaram a atravessar entre os veículos”, diz.
O número de vítimas fatais no trânsito de Marília no ano é de 48. No
comparativo com 2011, que computou 37 óbitos nos 12 meses daquele ano, a
alta nos registros se aproxima dos 30%.
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Esquecida, faixa de segurança é tema de campanha educativa no trânsito
Equipe do programa Viva Feliz Sem Acidentes entregará panfletos informativos nos principais cruzamentos de Marília
A faixa de segurança, dispositivo que passa despercebido pela
maioria dos pedestres e motoristas de Marília, é tema de campanha
educativa no trânsito desenvolvida por equipe do programa Viva Feliz Sem
Acidentes. Apesar de garantir a travessia segura, a função da faixa
parece ter sido esquecida. Cena comum no trânsito caótico de Marília é
pedestre no meio da rua e veículos em cima da faixa.
A campanha foi lançada na manhã de ontem, no cruzamento da rua 9 de Julho com a avenida Sampaio Vidal, um dos mais críticos do centro da cidade. Até 11 de dezembro, voluntários vão distribuir aos motoristas e pedestres, nos principais cruzamentos, panfletos explicando a importância da faixa.
“Este trabalho tem o intuito de iniciar uma nova cultura de trânsito na cidade. Por exemplo, onde existe a faixa, mas não há semáforo, é só estender o braço com a palma da mão voltada para os carros, esperar os veículos pararem e atravessarem tranquilamente”, comenta o coordenador do Programa Viva Feliz Sem Acidentes, Nelson Feitosa.
Da mesma forma os motoristas também são orientados sobre como agir no trânsito. “Se você está dirigindo pode ligar o pisca-alerta para indicar que está parado para a travessia. Parar na faixa é lei e este novo sinal vem para auxiliar a relação entre condutor e pedestre”, diz.
Ontem, enquanto Feitosa explicava a importância da campanha, pedestres desrespeitavam o trânsito atravessando fora da faixa na avenida Sampaio Vidal. A vendedora Fernanda Freire, 32, foi uma das flagradas cometendo a irregularidade. Ela alega correria do dia a dia como justificativa para a infração. “Mas sei que é necessário mais consciência até mesmo em respeito a nossa própria vida”, diz.
O motorista Vanderlei Gomes, 42, que foi orientado pelos agentes também é favorável a campanha. “É essencial que haja um respeito mútuo entre o pedestre e o condutor, mas não é o que temos presenciado no dia a dia”, revela.
A multa para o motorista que deixar de dar preferência ao pedestre sobre a faixa ou não deixar o mesmo terminar a travessia é de R$ 191,53, além da perda de sete pontos na carteira de habilitação.
Multa para quem atravessa fora da faixa não é aplicada
Pelo artigo 254 do Código Brasileiro de Trânsito, a multa para o pedestre que deixa de atravessar na faixa de pedestre, custa R$ 54. Mas, como ainda não há regulamentação para essa penalidade por questões jurídicas, os pedestres infratores continuam impunes, mesmo que a multa esteja prevista desde o código de 1966. “A aplicação não ocorre somente em Marília, mas em todo o país, o que é ruim, pois se houvesse mais rigor talvez as irregularidades diminuiriam”, fala o Feitosa.
Para a estudante Aline de Deus, 21, a falta de respeito à faixa é ausência de hábito. “Quando as pessoas passam pela faixa alguns motoristas avançam e quase atropelam, por isso alguns pedestres já se acostumaram a atravessar entre os veículos”, diz.
O número de vítimas fatais no trânsito de Marília no ano é de 48. No comparativo com 2011, que computou 37 óbitos nos 12 meses daquele ano, a alta nos registros se aproxima dos 30%.
A campanha foi lançada na manhã de ontem, no cruzamento da rua 9 de Julho com a avenida Sampaio Vidal, um dos mais críticos do centro da cidade. Até 11 de dezembro, voluntários vão distribuir aos motoristas e pedestres, nos principais cruzamentos, panfletos explicando a importância da faixa.
“Este trabalho tem o intuito de iniciar uma nova cultura de trânsito na cidade. Por exemplo, onde existe a faixa, mas não há semáforo, é só estender o braço com a palma da mão voltada para os carros, esperar os veículos pararem e atravessarem tranquilamente”, comenta o coordenador do Programa Viva Feliz Sem Acidentes, Nelson Feitosa.
Da mesma forma os motoristas também são orientados sobre como agir no trânsito. “Se você está dirigindo pode ligar o pisca-alerta para indicar que está parado para a travessia. Parar na faixa é lei e este novo sinal vem para auxiliar a relação entre condutor e pedestre”, diz.
Ontem, enquanto Feitosa explicava a importância da campanha, pedestres desrespeitavam o trânsito atravessando fora da faixa na avenida Sampaio Vidal. A vendedora Fernanda Freire, 32, foi uma das flagradas cometendo a irregularidade. Ela alega correria do dia a dia como justificativa para a infração. “Mas sei que é necessário mais consciência até mesmo em respeito a nossa própria vida”, diz.
O motorista Vanderlei Gomes, 42, que foi orientado pelos agentes também é favorável a campanha. “É essencial que haja um respeito mútuo entre o pedestre e o condutor, mas não é o que temos presenciado no dia a dia”, revela.
A multa para o motorista que deixar de dar preferência ao pedestre sobre a faixa ou não deixar o mesmo terminar a travessia é de R$ 191,53, além da perda de sete pontos na carteira de habilitação.
Multa para quem atravessa fora da faixa não é aplicada
Pelo artigo 254 do Código Brasileiro de Trânsito, a multa para o pedestre que deixa de atravessar na faixa de pedestre, custa R$ 54. Mas, como ainda não há regulamentação para essa penalidade por questões jurídicas, os pedestres infratores continuam impunes, mesmo que a multa esteja prevista desde o código de 1966. “A aplicação não ocorre somente em Marília, mas em todo o país, o que é ruim, pois se houvesse mais rigor talvez as irregularidades diminuiriam”, fala o Feitosa.
Para a estudante Aline de Deus, 21, a falta de respeito à faixa é ausência de hábito. “Quando as pessoas passam pela faixa alguns motoristas avançam e quase atropelam, por isso alguns pedestres já se acostumaram a atravessar entre os veículos”, diz.
O número de vítimas fatais no trânsito de Marília no ano é de 48. No comparativo com 2011, que computou 37 óbitos nos 12 meses daquele ano, a alta nos registros se aproxima dos 30%.
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