Takaoka e assessores deixam cadeia sob fiança
Juntos, eles depositaram em juízo mais de R$ 30 mil; liberdade, no entanto, não implica na suspensão do processo
Pouco mais de 24 horas após serem presos pela Polícia Federal sob
a acusação de fraudar documentos para tentar obstruir uma investigação
que apura a possível compra de votos durante as últimas eleições
municipais, o atual presidente da Câmara de Marília e recém-reeleito
vereador, Yoshio Takaoka, e os dois assessores do Legislativo foram
soltos ontem (25), no início da noite, após pagarem mais de R$ 30 mil em
fiança estipulada pela Justiça.
A decisão foi proferida pelo juiz José Henrique Ursulino após a
defesa dos acusados entrarem com uma liminar. O magistrado determinou
que Takaoka deveria desembolsar o maior valor: 35 salários mínimos, ou
pouco mais de R$ 21 mil. Já os funcionários, juntos, depositaram em
juízo 15 salários mínimos, aproximadamente R$ 9,5 mil.
A liberdade, no entanto, não implica na suspensão do processo. Tanto o
vereador quanto os assessores foram indiciados pelos crimes de
falsidade de documento público e fraude processual e podem pegar até
oito anos de prisão cada, além do pagamento de multa, caso sejam
condenados.
O habeas corpus foi impetrado pelos advogados Cristiano Mazeto, Wanderlei Rosalino, Luccas Ferreira e Antônio Carassa.
O CASO
Os funcionários foram surpreendidos pela Polícia Federal pelo Jardim
Colibri, próximo ao Aeroporto, na zona leste da cidade, no final da
manhã de quarta-feira.
No carro que eles ocupavam, de propriedade da Câmara, foram achados
diversos contratos em branco, listas com nomes de centenas de eleitores,
cópias de documentos desse e manuscritos indicando nomes das pessoas
que haviam prestado depoimento na terça-feira em processo que apura
suposta compra de votos foram encontrados.
Logo após o flagrante, os agentes localizaram o vereador e o
encaminharam também para a delegacia. Ao chegar à delegacia, Takaoka
recebeu do delegado Sandro Roberto Vieira dos Santos voz de prisão em
flagrante.
DEPOIMENTO DE FAMILIARES
Familiares que visitaram Takaoka em Lutécia disseram com
exclusividade ao Diário que o acusado, apesar do trauma, passa
relativamente bem. Ele acusa categoricamente adversários e inimigos
pessoais por todo o ocorrido, e foi mais longe. Afirmou que na última
segunda-feira teria sido chantageado por um outro vereador em plena
sessão da Câmara.
Ainda de acordo com os familiares, ele promete fazer revelações sobre
os bastidores do ocorrido. Em Lutécia, Takaoka ficou sozinho em uma
cela especial por ter curso superior. Era o único detido naquele local.
Compartilhe
0 Comentário(s)
Escreva o seu comentário
Mais Destaques
Publicidade
Takaoka e assessores deixam cadeia sob fiança
Juntos, eles depositaram em juízo mais de R$ 30 mil; liberdade, no entanto, não implica na suspensão do processo
Pouco mais de 24 horas após serem presos pela Polícia Federal sob
a acusação de fraudar documentos para tentar obstruir uma investigação
que apura a possível compra de votos durante as últimas eleições
municipais, o atual presidente da Câmara de Marília e recém-reeleito
vereador, Yoshio Takaoka, e os dois assessores do Legislativo foram
soltos ontem (25), no início da noite, após pagarem mais de R$ 30 mil em
fiança estipulada pela Justiça.
A decisão foi proferida pelo juiz José Henrique Ursulino após a defesa dos acusados entrarem com uma liminar. O magistrado determinou que Takaoka deveria desembolsar o maior valor: 35 salários mínimos, ou pouco mais de R$ 21 mil. Já os funcionários, juntos, depositaram em juízo 15 salários mínimos, aproximadamente R$ 9,5 mil.
A liberdade, no entanto, não implica na suspensão do processo. Tanto o vereador quanto os assessores foram indiciados pelos crimes de falsidade de documento público e fraude processual e podem pegar até oito anos de prisão cada, além do pagamento de multa, caso sejam condenados.
O habeas corpus foi impetrado pelos advogados Cristiano Mazeto, Wanderlei Rosalino, Luccas Ferreira e Antônio Carassa.
O CASO
Os funcionários foram surpreendidos pela Polícia Federal pelo Jardim Colibri, próximo ao Aeroporto, na zona leste da cidade, no final da manhã de quarta-feira.
No carro que eles ocupavam, de propriedade da Câmara, foram achados diversos contratos em branco, listas com nomes de centenas de eleitores, cópias de documentos desse e manuscritos indicando nomes das pessoas que haviam prestado depoimento na terça-feira em processo que apura suposta compra de votos foram encontrados.
Logo após o flagrante, os agentes localizaram o vereador e o encaminharam também para a delegacia. Ao chegar à delegacia, Takaoka recebeu do delegado Sandro Roberto Vieira dos Santos voz de prisão em flagrante.
DEPOIMENTO DE FAMILIARES
Familiares que visitaram Takaoka em Lutécia disseram com exclusividade ao Diário que o acusado, apesar do trauma, passa relativamente bem. Ele acusa categoricamente adversários e inimigos pessoais por todo o ocorrido, e foi mais longe. Afirmou que na última segunda-feira teria sido chantageado por um outro vereador em plena sessão da Câmara.
Ainda de acordo com os familiares, ele promete fazer revelações sobre os bastidores do ocorrido. Em Lutécia, Takaoka ficou sozinho em uma cela especial por ter curso superior. Era o único detido naquele local.
A decisão foi proferida pelo juiz José Henrique Ursulino após a defesa dos acusados entrarem com uma liminar. O magistrado determinou que Takaoka deveria desembolsar o maior valor: 35 salários mínimos, ou pouco mais de R$ 21 mil. Já os funcionários, juntos, depositaram em juízo 15 salários mínimos, aproximadamente R$ 9,5 mil.
A liberdade, no entanto, não implica na suspensão do processo. Tanto o vereador quanto os assessores foram indiciados pelos crimes de falsidade de documento público e fraude processual e podem pegar até oito anos de prisão cada, além do pagamento de multa, caso sejam condenados.
O habeas corpus foi impetrado pelos advogados Cristiano Mazeto, Wanderlei Rosalino, Luccas Ferreira e Antônio Carassa.
O CASO
Os funcionários foram surpreendidos pela Polícia Federal pelo Jardim Colibri, próximo ao Aeroporto, na zona leste da cidade, no final da manhã de quarta-feira.
No carro que eles ocupavam, de propriedade da Câmara, foram achados diversos contratos em branco, listas com nomes de centenas de eleitores, cópias de documentos desse e manuscritos indicando nomes das pessoas que haviam prestado depoimento na terça-feira em processo que apura suposta compra de votos foram encontrados.
Logo após o flagrante, os agentes localizaram o vereador e o encaminharam também para a delegacia. Ao chegar à delegacia, Takaoka recebeu do delegado Sandro Roberto Vieira dos Santos voz de prisão em flagrante.
DEPOIMENTO DE FAMILIARES
Familiares que visitaram Takaoka em Lutécia disseram com exclusividade ao Diário que o acusado, apesar do trauma, passa relativamente bem. Ele acusa categoricamente adversários e inimigos pessoais por todo o ocorrido, e foi mais longe. Afirmou que na última segunda-feira teria sido chantageado por um outro vereador em plena sessão da Câmara.
Ainda de acordo com os familiares, ele promete fazer revelações sobre os bastidores do ocorrido. Em Lutécia, Takaoka ficou sozinho em uma cela especial por ter curso superior. Era o único detido naquele local.
Compartilhe
0 Comentário(s)
-
Escreva o seu comentário
Nenhum comentário:
Postar um comentário