quarta-feira, 20 de junho de 2012


MPF dá uma semana para prefeitura se manifestar sobre trecho da BR-153

Poder municipal e concessionária Transbrasiliana terão que encontrar uma solução a cerca dos dois quilômetros da rodovia federal que cortam sete bairros da zona sul

SOLUÇÃO - Rosemary quer construção de passarelas - Foto: Paulo Cansini

Prefeitura e a concessionária Transbrasiliana têm até o próximo dia 28 para prestar informações e apresentar soluções a cerca das melhorias nos dois quilômetros do trecho urbano da BR-153 que corta sete bairros da zona sul da cidade. Prazo foi estipulado pelo MPF (Ministério Público Federal) e pode, inclusive, gerar uma pesada multa.
As alterações foram solicitadas pelo procurador Jefferson Aparecido Dias pelo número de acidentes no trecho. De acordo com levantamento da PRF (Polícia Rodoviária Federal), de janeiro do ano passado até maio deste ano, foram feitos 83 registros. Apenas neste ano, duas pessoas morreram.
Segundo a Procuradoria da República, até o momento já foram apresentados cinco projetos para reformar o trecho, porém nenhum foi aprovado por falta de adequação. O MPF pede a construção de rotatória, canteiro central e a instalação de lombadas eletrônicas. As obras, inclusive, deverão ser pagas pela concessionária.
“Acho que a construção de pelo menos três passarelas é ainda mais urgente. O trânsito é muito intenso e a maioria dos motoristas não respeita o pedestre, que se arrisca para atravessar a pista”, opina a empregada doméstica Rosemary Cristina de Jesus, que utiliza o trecho com frequência.
Para o comerciante Rogério Nalon, 39, dono de uma empresa de autopeças às margens da rodovia federal, outro artifício seria a instalação de radares fotográficos. “O brasileiro só muda quando sente no bolso”, disse. Ainda segundo ele, antes de qualquer providência ser tomada, moradores e empresários que mantém negócios no trecho devem ser consultados.
Presidente da Associação de Moradores dos bairros Marajó, Alimentação, Esplanada e adjacências, Doraci Benega, diz que protocola pedidos de melhorias no trecho urbano da rodovia há duas décadas, porém nenhuma providência foi tomada.
“Já fizemos dezenas de protestos, inclusive fechando a rodovia para chamar a atenção dos governantes, mas nada foi feito. A passarela e uma rotária são de extrema necessidade para evitar que mais pessoas morram vítima desse descaso. Espero que agora algo seja, de fato, feito”, desabafou.
O inspetor-chefe da PRF em Marília, Valmir Cordelli, também vê a necessidade da instalação de muretas dividindo as pistas, além da colocação de grandes alambrados. “Outra iniciativa seria a realização de um trabalho de conscientização com os moradores da região”, finalizou.




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