quarta-feira, 26 de outubro de 2011


Temporal deixou rastro de destruição na cidade

Por sorte, nenhum dos casos deixou vítimas graves

Telhado de lan house foi arrancado pelo temporal - Foto: Ricardo Prado

Temporal que caiu no meio da tarde de ontem (25) deixou rastro de destruição por toda cidade. Força do vento arrancou telhado de um comércio e derrubou três árvores. Na SP-333, camionete rodou após aquaplanar, invadiu pista contrária e foi atingido por carro.
Primeiro incidente aconteceu por volta das 15h30 na rua João Caliman, no Jardim Santa Antonieta, zona norte, com o destelhamento de lan house da empresária Sueli Aparecida da Silva, 42. O telhado, feito de madeira e fibra de vidro, foi arremessado a cerca de dez metros e quase atingiu loja de rações do lado oposto da rua.
“Não tinha nenhum cliente porque atrasei. Eu estava na loja vizinha e só escutei um barulho muito forte. Graças a Deus ninguém se machucou. Ainda bem também que a loja tem uma laje, que impediu que a chuva molhasse meus computadores”, falou.
Próximo dali, na rua Berta Camargo Vieira, árvore foi arrancada e bloqueou parte da pista. Na rua Sérgio Farias, ainda no Santa Antonieta, vendaval derrubou outra árvore, desta vez sobre a fiação elétrica.
“Por sorte a energia já havia sido desligada uns cinco minutos antes, mas o som foi assustador. Quando eu fui conferir, os fios arrancados ainda soltavam faíscas”, contou a enfermeira Sidney Pereira Guedes, 61. Distribuição de energia ficou suspensa até o final da tarde nas proximidades.
No estacionamento da UNESP, na zona oeste, outra árvore foi arrancada e caiu sobre Fiat Línea, placas de Marília, de estudante de informática. “Fui avisada na sala de aula. Mesmo tendo seguro, fico um pouco aliviada porque não estragou muito”, falou a aluna, que pediu para não ser identificada.
Já por volta das 17h30, Ford F-250, de Maringá, dirigida pelo vendedor Éder Luis Conti, 40, se envolveu em acidente com Chevrolet Astra, de Paraguaçu Paulista, guiado pelo aposentado André Luis Lourenço, 65, e que estava acompanhado da esposa, Arari, também de 65 anos.
“Tinha uma lâmina de água e perdi o controle, mesmo na subida. Cruzei a pista e só senti a batida na lateral. Quando vi, estava de ponta-cabeça”, contou o vendedor. Todos tiveram apenas escoriações. Se queixando de dores nas costas e presa nas ferragens, o resgate da mulher foi mais complexo e demorou cerca de 15 minutos.


Temporal pega população de surpresa

A forte chuva que atingiu a cidade na tarde de ontem causou vários transtornos para população que foi pega desprevenida, após uma semana sem registro de precipitações. De acordo com a estimativa da Coopemar (Cooperativa dos Cafeicultores de Marília) o índice pluviométrico registrado em três horas de chuva foi de 18 milímetros. O acumulado do mês aponta 100 milímetros.
A estudante, Sarah Rosangela Mascato, 15, saiu da escola por volta das 15h e ficou mais de uma hora embaixo de toldo de uma padaria, esperando diminuir o temporal, que não cessou rápido. “Fui pega de surpresa com esse temporal, tive que pedir para alguém vim me buscar de carro, pois estou longe do ponto de ônibus”, disse.
A aposentada Luiza Pereira, 72, apesar de estar com guarda chuva se molhou inteira após pular uma forte enxurrada.
A demora nos ônibus na zona oeste e centro da cidade também foi motivo de crítica e transtornos para população que esperava para voltar do trabalho no final do dia.
A diarista, Amanda Dantas dos Santos, esperava há mais de uma hora o ônibus na zona leste da cidade para voltar até sua casa da zona sul. Ela reclama que o ponto estava lotado e a enxurrada já tomava conta da calçada.




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