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Postado em 07/04/2016 às 18:53
MPF em Marília pede prisão de ministro e secretário de Saúde de SP
Distribuição do medicamento foi determinada pela Justiça, mas está suspensa desde janeiro
O procurador da República Jefferson Aparecido Dias é o autor da ação - Arquivo
DA ASSESSORIA
O Ministério Público Federal em Marília pediu a prisão do ministro da
Saúde, Marcelo Castro, e do secretário da Saúde do Estado de São Paulo,
David Uip, por descumprimento de decisões judiciais que determinavam o
fornecimento de canabidiol a duas crianças do município.
Outras sete crianças que foram beneficiadas por outras decisões
judiciais também estão sem receber o canabidiol. O procurador da
República Jefferson Aparecido Dias informou, por meio de assessoria, que
também vai pedir a prisão dos responsável pelo descumprimento desses
outros casos.
A substância, derivada da maconha, é usada no tratamento a doenças
que provocam convulsão. Como não é produzida no Brasil, precisa ser
importada. O uso não era legalizado no país, mas decisão recente da
Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) permitiu o uso
terapêutico do canabidiol.
De acordo com a Procuradoria, o pedido foi feito em 18 de março
passado e está sendo avaliado pela Justiça Federal. Não há prazo para
que isso aconteça.
Em nota, a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo culpou as
exigências da Anvisa para a entrega e informou que irá remanejar o
medicamento da capital para os usuários de Marília ainda nesta sexta
(8).
Já o Ministério da Saúde informou que está em contato com a
secretaria estadual e que adotará as providências necessárias, em
caráter emergencial, para o cumprimento da decisão judicial. Segundo a
pasta, está acordado que a compra e a oferta do medicamento será
realizada pela secretaria.
Segundo o Ministério Público Federal, a liminar que obrigava a
entrega do medicamento Hemp Oil, concedida em abril de 2015, vem sendo
desrespeitada desde janeiro deste ano. Por causa da interrupção no
tratamento, os pacientes voltaram a ter convulsões.
Os beneficiários são portadores de doenças como a encefalopatia
epiléptica e a Síndrome de Lennox-Gastaut. Eles precisam do medicamento
porque, segundo a Procuradoria, são resistentes ao tratamento padrão do
SUS (Sistema Único de Saúde). Sem o canabidiol, os pacientes correm
risco de morte.
De acordo com o Ministério Público Federal, "o atraso do cumprimento
da decisão liminar, sem motivação idônea, representa ato de extrema
gravidade em prejuízo à saúde das crianças e adolescentes". Segundo a
Procuradoria, as famílias não têm dinheiro para arcar com a importação
da substância.
A ação do órgão foi feita por meio de um projeto envolvendo uma
universidade local, que atende pacientes infantis e juvenis com
paralisia cerebral e existe há mais de dois anos. As crianças e o
adolescente que recebiam o canabidiol do poder público estão entre os 50
atendidos pelo projeto, segundo a Procuradoria.
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