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Postado em 27/02/2015 às 01:00

Marília ajuda a abastecer norte do Paraná, sem produtos por causa da greve

Motoristas que saem do Ceasa com legumes “recebem encomendas” de óleo e arroz

Categoria: Geral

ALTO CUSTO - Motorista Tiago Caetano chegou ontem a Marília com o caminhão carregado com tomates: custo do frete tem pesado - Paulo Cansini
CARLOS RODRIGUES

A adesão de motoristas do sul e sudeste do Brasil ao fechamento de estradas provoca o desabastecimento em cidades do norte do Paraná. Em municípios como Santo Antônio da Platina (140 km de Marília) já falta óleo e até arroz. A solução encontrada por alguns clientes paranaenses tem sido recorrer a caminhoneiros de Marília que viajam para a região pela rodovia Transbrasiliana (BR-153), ainda sem interrupções entre os dois estados.
Teodoro Maradona, atacadista de hortifrutis com box no Ceasa (Central de Abastecimento) de Marília, conta que além de cebolas e outros itens, irá aproveitar a viagem para levar alguns alimentos. “A cliente nos pediu e não temos como negar. A situação por lá está complicada”, conta.
Grandes fornecedores gaúchos e catarinenses deixaram de embarcar produtos como frango, leite e óleo por receio de bloqueios nas estradas. No Paraná, alguns frigoríficos pararam a produção e dispensaram temporariamente os funcionários.
Devido aos corredores Castelo Branco (SP-280) e Raposo Tavares (SP-270), onde o trânsito flui, o impacto em Marília é menor. Porém, segundo fontes do setor supermercadista a preocupação aumenta com o abastecimento de carne, leite e derivados. No Ceasa, câmaras frias estocam algumas variedades de maças e peras, que podem ficar ainda mais escassas com as barreiras ao produto do sul. Josemar Aparecido Pereira, atacadista no Ceasa, conta que cebolas (colhidas no Paraná) e batatas (Santa Catarina) também já começam a ficar escassas.
PROTESTOS
O motorista Tiago Caetano, 28 anos, chegou ontem a Marília com o caminhão carregado com tomates. Os frutos vêm da região de Itapetininga, com custo médio de frete de R$ 12 por caixa (22 quilos). Ele conta que utilizou a Raposo Tavares e reclama dos trechos de pista simples e asfalto irregular. Não encontrou estrada fechada, mas apoia o movimento.
“Numa viagem como essa, gastei um tanque (diesel) só para chegar até aqui. Aí tem o custo do pedágio, o desgaste do caminhão. É muita despesa, estamos pagando para trabalhar”, afirma. Após reunião no Ministério dos Transportes, com garantia de congelamento no preço do diesel por seis meses, associações recomendaram que os motoristas voltem ao trabalho. Porém, a quinta-feira foi dia de novos protestos.
Na região oeste do estado, caminhoneiros cruzaram os braços na rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294) em Pacaembu e Parapuã. Motoristas cruzaram os braços e bloquearam veículos de carga, mas segundo a Polícia Militar Rodoviária não houve confronto ou depredações.

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