Não é a Saúde, nem a Educação
Mario Eugenio Saturno
Tecnologista Sênior do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
Não é a Saúde, nem a Educação
Na pesquisa do Datafolha, a que a Dilma despenca, mostrou que 48% dos brasileiros elegem a saúde como o principal problema do país. Em março de 2011, era 31%. Esta pesquisa é consistente com a realizada pelo IBOPE uma semana antes, que mostrou a Saúde como problema para 37% e a Educação com 22% dos entrevistados, seguido pela Segurança pública (Violência), 15%. A corrupção só é problema maior para 6%.
Porém a percepção das pessoas está errada. O problema principal do Brasil não é a Saúde, não é a Educação e nem é a violência, o problema principal do país é a corrupção e, seguido bem próximo, a má gestão. Essa falta de percepção não está presente nos manifestantes, que fizeram forte pressão contra a PEC-37 que tirava poderes de investigação do Ministério Público.
EM PESQUISA DO IBOPE...
...junto aos manifestantes somente, viu-se que a rede social Facebook mobilizou 85% dos manifestantes. E 46%, praticamente a metade, nunca tinha participado de uma manifestação de rua. É um dado impressionante. Outro ponto preocupante é que 83% dos manifestantes entrevistados não se sentem representados por qualquer político e, pior, 89% não se sentem representados por qualquer partido político. E, realmente, é um movimento apartidário, já que 96% não são filiados a nenhum partido político. E mais, por todo o país, os militantes políticos foram obrigados a abaixar suas bandeiras. O movimento virou antipartidário, o que não é bom para o país.
A PESQUISA MOSTROU...
...que os manifestantes tinham como motivo o transporte público, 38%, para outros 30% o motivo era a política e para 24%, contra a corrupção; em defesa da saúde, 12%; contra a PEC 37, 6%; 5% contra os gastos com a Copa; e outros 5% pela educação. Considerando os três primeiros motivos, a política aparece em primeiro, com 65% e a corrupção, com quase a metade dos manifestantes. A pesquisa também mostrou o que não surpreende, 92% dos manifestantes têm nível médio e superior, 81% tem menos de 40 anos e 79% são de famílias que ganham mais que dois salários mínimos.
OUTRO DADO PREOCUPANTE...
...é que para 28% as depredações de bens públicos e privados são justificadas somente em certas circunstâncias e para 5% as depredações são sempre justificadas. É um contingente perigoso já que os manifestantes estão sendo contados em milhões. Se a Polícia não prender os agitadores, o que aconteceu em Los Angeles em 1992 pode ser fichinha.
UMA ATITUDE DE PAZ...
...interessa a todos, principalmente os manifestantes que diminuem conforme a violência aumenta. Uma atitude concreta e correta é parar de postar nas redes sociais mensagens que justificam as depredações como aquelas “depredação é o que o Estado faz nisso...”. Primeiro, problemas na gestão de bens públicos, no atendimento da Saúde Pública, na educação de crianças, etc., não são depredações, são pura incompetência mesmo. Depois, não é destruindo o que se tem que se vai melhorar algo.
A POLÍCIA MILITAR...
...também precisa ser mais inteligente e corajosa. No Rio, a PM atirou com metralhadora para o alto, bem como a Federal Rodoviária com pistolas... Viraram Balas perdidas! E onde já se viu dispersar depredadores? Criminoso tem que ser preso!
O Painel Diário é um espaço aberto ao leitor.
Dúvidas, sugestões e críticas podem ser feitas pelo
email: paineldiario@diariodemarilia.com.br
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Não é a Saúde, nem a Educação
Na pesquisa do Datafolha, a que a Dilma despenca, mostrou que 48% dos brasileiros elegem a saúde como o principal problema do país. Em março de 2011, era 31%. Esta pesquisa é consistente com a realizada pelo IBOPE uma semana antes, que mostrou a Saúde como problema para 37% e a Educação com 22% dos entrevistados, seguido pela Segurança pública (Violência), 15%. A corrupção só é problema maior para 6%.
Porém a percepção das pessoas está errada. O problema principal do Brasil não é a Saúde, não é a Educação e nem é a violência, o problema principal do país é a corrupção e, seguido bem próximo, a má gestão. Essa falta de percepção não está presente nos manifestantes, que fizeram forte pressão contra a PEC-37 que tirava poderes de investigação do Ministério Público.
EM PESQUISA DO IBOPE...
...junto aos manifestantes somente, viu-se que a rede social Facebook mobilizou 85% dos manifestantes. E 46%, praticamente a metade, nunca tinha participado de uma manifestação de rua. É um dado impressionante. Outro ponto preocupante é que 83% dos manifestantes entrevistados não se sentem representados por qualquer político e, pior, 89% não se sentem representados por qualquer partido político. E, realmente, é um movimento apartidário, já que 96% não são filiados a nenhum partido político. E mais, por todo o país, os militantes políticos foram obrigados a abaixar suas bandeiras. O movimento virou antipartidário, o que não é bom para o país.
A PESQUISA MOSTROU...
...que os manifestantes tinham como motivo o transporte público, 38%, para outros 30% o motivo era a política e para 24%, contra a corrupção; em defesa da saúde, 12%; contra a PEC 37, 6%; 5% contra os gastos com a Copa; e outros 5% pela educação. Considerando os três primeiros motivos, a política aparece em primeiro, com 65% e a corrupção, com quase a metade dos manifestantes. A pesquisa também mostrou o que não surpreende, 92% dos manifestantes têm nível médio e superior, 81% tem menos de 40 anos e 79% são de famílias que ganham mais que dois salários mínimos.
OUTRO DADO PREOCUPANTE...
...é que para 28% as depredações de bens públicos e privados são justificadas somente em certas circunstâncias e para 5% as depredações são sempre justificadas. É um contingente perigoso já que os manifestantes estão sendo contados em milhões. Se a Polícia não prender os agitadores, o que aconteceu em Los Angeles em 1992 pode ser fichinha.
UMA ATITUDE DE PAZ...
...interessa a todos, principalmente os manifestantes que diminuem conforme a violência aumenta. Uma atitude concreta e correta é parar de postar nas redes sociais mensagens que justificam as depredações como aquelas “depredação é o que o Estado faz nisso...”. Primeiro, problemas na gestão de bens públicos, no atendimento da Saúde Pública, na educação de crianças, etc., não são depredações, são pura incompetência mesmo. Depois, não é destruindo o que se tem que se vai melhorar algo.
A POLÍCIA MILITAR...
...também precisa ser mais inteligente e corajosa. No Rio, a PM atirou com metralhadora para o alto, bem como a Federal Rodoviária com pistolas... Viraram Balas perdidas! E onde já se viu dispersar depredadores? Criminoso tem que ser preso!
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