Lei Seca mais rigorosa muda hábitos e reduz movimento de bares em até 60%
Alguns estabelecimentos não fazem pedido de
cerveja há vinte dias. Proprietários estudam forma de transporte dos
clientes na volta para casa
A Lei Seca mais rigorosa, em vigor desde o final de dezembro, já
provoca reflexos no movimento dos bares da cidade. De acordo com alguns
proprietários de estabelecimentos a redução foi de até 60%. É o que
comenta José Mauro Castro Junior, proprietário do Canto Bar e
Restaurante. Ele revelou que há 20 dias não faz pedido de cerveja, o que
normalmente ocorria duas vezes na semana.
“O vendedor esteve aqui e eu expliquei que os frízeres estão cheios.
No Carnaval que esperávamos grande movimento não foi o que ocorreu e
acredito que isto esteja atrelado às novidades da legislação”, comenta
Junior. “Pelo que observamos vários clientes têm preferido promover
churrascos em casa para evitar levar a multa que teve o valor dobrado,
além dos constrangimentos que a abordagem pode trazer”, conclui.
Para evitar queda ainda maior no movimento, os comerciantes estudam
formas de transporte para o retorno dos clientes para casa. Entre as
estratégias está a compra ou contratação de vans e serviços como disk
chofer e “Se beber não dirija” em que um contratado leva o veículo e
motorista para residência e uma moto transporta o funcionário de volta.
“Ainda analisamos alguma saída, pois tudo parece ter custo alto. É necessário também que seja uma solução a longo prazo”, fala.
Já o proprietário do Chaplin, Paulo Diniz, informou que ainda não
observou grande diferença no movimento. Nas noites de Carnaval, Diniz
disponibilizou um veículo Fiat Doblô para transporte dos clientes, mas a
demanda de interessados não foi grande. “Ainda não sentimos o impacto.
No feriado não teve muita procura o transporte que oferecemos, mas
acredito que seja uma questão de costume e por isso é necessário pensar
em uma resolução”.
O presidente do Marília e Região Convention & Visitors Bureau
(MRC &VB), Cássio Luiz Pinto Junior, confirmou a redução de
movimento nos bares por meio de uma pesquisa realizada pela entidade. O
diagnóstico apontou que dos dez estabelecimentos consultados sete
observaram diminuição no número de clientes.
Desta forma a instituição também busca soluções junto aos
estabelecimentos. “Uma alternativa é contratação de uma cooperativa de
vans que realizasse um serviço conjunto. No caso de hotéis o meu
estabelecimento - uma pizzaria - já faz o transporte chamado “Leva e
Traz”. É uma situação que merece atenção para que a categoria não sofra
grandes prejuízos”, explica.
Segundo o presidente será necessário também uma divulgação destes serviços que passarão a ser oferecidos.
O corretor de imóveis, Sérgio Alkar, afirma que não modificou seus
hábitos, mas que frequenta apenas locais que já contam com o serviço de
transporte. “A lei é válida, pois é mesmo necessário moralizar esta
situação. A fiscalização é grande nas ruas, por isso cabe a cada um se
adaptar da melhor forma para não ser prejudicado”, fala.
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Lei Seca mais rigorosa muda hábitos e reduz movimento de bares em até 60%
Alguns estabelecimentos não fazem pedido de
cerveja há vinte dias. Proprietários estudam forma de transporte dos
clientes na volta para casa
A Lei Seca mais rigorosa, em vigor desde o final de dezembro, já
provoca reflexos no movimento dos bares da cidade. De acordo com alguns
proprietários de estabelecimentos a redução foi de até 60%. É o que
comenta José Mauro Castro Junior, proprietário do Canto Bar e
Restaurante. Ele revelou que há 20 dias não faz pedido de cerveja, o que
normalmente ocorria duas vezes na semana.
“O vendedor esteve aqui e eu expliquei que os frízeres estão cheios. No Carnaval que esperávamos grande movimento não foi o que ocorreu e acredito que isto esteja atrelado às novidades da legislação”, comenta Junior. “Pelo que observamos vários clientes têm preferido promover churrascos em casa para evitar levar a multa que teve o valor dobrado, além dos constrangimentos que a abordagem pode trazer”, conclui.
Para evitar queda ainda maior no movimento, os comerciantes estudam formas de transporte para o retorno dos clientes para casa. Entre as estratégias está a compra ou contratação de vans e serviços como disk chofer e “Se beber não dirija” em que um contratado leva o veículo e motorista para residência e uma moto transporta o funcionário de volta.
“Ainda analisamos alguma saída, pois tudo parece ter custo alto. É necessário também que seja uma solução a longo prazo”, fala.
Já o proprietário do Chaplin, Paulo Diniz, informou que ainda não observou grande diferença no movimento. Nas noites de Carnaval, Diniz disponibilizou um veículo Fiat Doblô para transporte dos clientes, mas a demanda de interessados não foi grande. “Ainda não sentimos o impacto. No feriado não teve muita procura o transporte que oferecemos, mas acredito que seja uma questão de costume e por isso é necessário pensar em uma resolução”.
O presidente do Marília e Região Convention & Visitors Bureau (MRC &VB), Cássio Luiz Pinto Junior, confirmou a redução de movimento nos bares por meio de uma pesquisa realizada pela entidade. O diagnóstico apontou que dos dez estabelecimentos consultados sete observaram diminuição no número de clientes.
Desta forma a instituição também busca soluções junto aos estabelecimentos. “Uma alternativa é contratação de uma cooperativa de vans que realizasse um serviço conjunto. No caso de hotéis o meu estabelecimento - uma pizzaria - já faz o transporte chamado “Leva e Traz”. É uma situação que merece atenção para que a categoria não sofra grandes prejuízos”, explica.
Segundo o presidente será necessário também uma divulgação destes serviços que passarão a ser oferecidos.
O corretor de imóveis, Sérgio Alkar, afirma que não modificou seus hábitos, mas que frequenta apenas locais que já contam com o serviço de transporte. “A lei é válida, pois é mesmo necessário moralizar esta situação. A fiscalização é grande nas ruas, por isso cabe a cada um se adaptar da melhor forma para não ser prejudicado”, fala.
“O vendedor esteve aqui e eu expliquei que os frízeres estão cheios. No Carnaval que esperávamos grande movimento não foi o que ocorreu e acredito que isto esteja atrelado às novidades da legislação”, comenta Junior. “Pelo que observamos vários clientes têm preferido promover churrascos em casa para evitar levar a multa que teve o valor dobrado, além dos constrangimentos que a abordagem pode trazer”, conclui.
Para evitar queda ainda maior no movimento, os comerciantes estudam formas de transporte para o retorno dos clientes para casa. Entre as estratégias está a compra ou contratação de vans e serviços como disk chofer e “Se beber não dirija” em que um contratado leva o veículo e motorista para residência e uma moto transporta o funcionário de volta.
“Ainda analisamos alguma saída, pois tudo parece ter custo alto. É necessário também que seja uma solução a longo prazo”, fala.
Já o proprietário do Chaplin, Paulo Diniz, informou que ainda não observou grande diferença no movimento. Nas noites de Carnaval, Diniz disponibilizou um veículo Fiat Doblô para transporte dos clientes, mas a demanda de interessados não foi grande. “Ainda não sentimos o impacto. No feriado não teve muita procura o transporte que oferecemos, mas acredito que seja uma questão de costume e por isso é necessário pensar em uma resolução”.
O presidente do Marília e Região Convention & Visitors Bureau (MRC &VB), Cássio Luiz Pinto Junior, confirmou a redução de movimento nos bares por meio de uma pesquisa realizada pela entidade. O diagnóstico apontou que dos dez estabelecimentos consultados sete observaram diminuição no número de clientes.
Desta forma a instituição também busca soluções junto aos estabelecimentos. “Uma alternativa é contratação de uma cooperativa de vans que realizasse um serviço conjunto. No caso de hotéis o meu estabelecimento - uma pizzaria - já faz o transporte chamado “Leva e Traz”. É uma situação que merece atenção para que a categoria não sofra grandes prejuízos”, explica.
Segundo o presidente será necessário também uma divulgação destes serviços que passarão a ser oferecidos.
O corretor de imóveis, Sérgio Alkar, afirma que não modificou seus hábitos, mas que frequenta apenas locais que já contam com o serviço de transporte. “A lei é válida, pois é mesmo necessário moralizar esta situação. A fiscalização é grande nas ruas, por isso cabe a cada um se adaptar da melhor forma para não ser prejudicado”, fala.
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