Paralisação dos serviços pelo SUS da Santa Casa será decidida amanhã
Hospitais reivindicam reajuste de 100% sobre os cem principais procedimentos
A paralisação do atendimento médico pelo SUS (Sistema Único de
Saúde) na Santa Casa será decidida amanhã em assembleia realizada em
Brasília. Decisão depende da contraproposta do governo federal ao
documento que ficou conhecido como “Carta de Votuporanga”, em que
hospitais reivindicam reajuste de 100% sobre os cem principais
procedimentos de média e baixa complexidade, a anistia das dívidas
relacionadas a tributos e contribuições, bem como a reestruturação do
endividamento bancário dos hospitais.
O documento foi organizado pelo movimento intitulado “Tabela SUS:
Reajuste Já” e reúne 68 representantes das Santas Casas e hospitais
filantrópicos. A Santa Casa de Misericórdia de Marília foi representada
pelo diretor administrativo, Sérgio Stopato Arruda.
Para o diretor, a possibilidade de paralisação de serviços preocupa,
porém tem sido cogitado como último recurso para chamar a atenção para
uma situação financeira insustentável. “Esperamos que o governo federal
compreenda o problema e faça uma proposta resolutiva. Se isso não
ocorrer, a proposta de suspensão de serviços será levada à assembleia”,
pontua.
Marília participa do movimento desde o início. O provedor do
hospital, Milton Tedde, além de denunciar a falta de atualização em
procedimentos como consultas, exames e cirurgias que geram déficit nas
entidades, ainda aponta que distorção transfere para os hospitais
filantrópicos e a sociedade civil organizada a obrigação de custear (com
fundos próprios, campanhas, doações) mais de 35% de todos os recursos
gastos com a saúde pública.
Caso haja paralisação, funcionarão apenas os serviços de urgência e
emergência. De acordo com o movimento, as Santas Casas e os Hospitais
Filantrópicos do Brasil são responsáveis por 57% da assistência do SUS,
sendo imprescindível ao setor público. Mas as entidades estão sofrendo
com situação econômica e financeira, decorrente de déficit continuado na
relação dos serviços prestados pelo SUS com os pagamentos repassados.
A estimativa é que em Marília cerca de 10 mil pessoas sejam
prejudicadas por dia. O valor projetado do déficit da entidade em 2012
deve ultrapassar R$ 1,5 milhão. Em 2011 a diferença entre receitas e
despesas foi negativa em R$ 683 mil. No período foram repassados aos
cofres da Santa Casa 25,2 milhões, enquanto os gastos ultrapassaram R$
38 milhões.
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Paralisação dos serviços pelo SUS da Santa Casa será decidida amanhã
Hospitais reivindicam reajuste de 100% sobre os cem principais procedimentos
A paralisação do atendimento médico pelo SUS (Sistema Único de
Saúde) na Santa Casa será decidida amanhã em assembleia realizada em
Brasília. Decisão depende da contraproposta do governo federal ao
documento que ficou conhecido como “Carta de Votuporanga”, em que
hospitais reivindicam reajuste de 100% sobre os cem principais
procedimentos de média e baixa complexidade, a anistia das dívidas
relacionadas a tributos e contribuições, bem como a reestruturação do
endividamento bancário dos hospitais.
O documento foi organizado pelo movimento intitulado “Tabela SUS: Reajuste Já” e reúne 68 representantes das Santas Casas e hospitais filantrópicos. A Santa Casa de Misericórdia de Marília foi representada pelo diretor administrativo, Sérgio Stopato Arruda.
Para o diretor, a possibilidade de paralisação de serviços preocupa, porém tem sido cogitado como último recurso para chamar a atenção para uma situação financeira insustentável. “Esperamos que o governo federal compreenda o problema e faça uma proposta resolutiva. Se isso não ocorrer, a proposta de suspensão de serviços será levada à assembleia”, pontua.
Marília participa do movimento desde o início. O provedor do hospital, Milton Tedde, além de denunciar a falta de atualização em procedimentos como consultas, exames e cirurgias que geram déficit nas entidades, ainda aponta que distorção transfere para os hospitais filantrópicos e a sociedade civil organizada a obrigação de custear (com fundos próprios, campanhas, doações) mais de 35% de todos os recursos gastos com a saúde pública.
Caso haja paralisação, funcionarão apenas os serviços de urgência e emergência. De acordo com o movimento, as Santas Casas e os Hospitais Filantrópicos do Brasil são responsáveis por 57% da assistência do SUS, sendo imprescindível ao setor público. Mas as entidades estão sofrendo com situação econômica e financeira, decorrente de déficit continuado na relação dos serviços prestados pelo SUS com os pagamentos repassados.
A estimativa é que em Marília cerca de 10 mil pessoas sejam prejudicadas por dia. O valor projetado do déficit da entidade em 2012 deve ultrapassar R$ 1,5 milhão. Em 2011 a diferença entre receitas e despesas foi negativa em R$ 683 mil. No período foram repassados aos cofres da Santa Casa 25,2 milhões, enquanto os gastos ultrapassaram R$ 38 milhões.
O documento foi organizado pelo movimento intitulado “Tabela SUS: Reajuste Já” e reúne 68 representantes das Santas Casas e hospitais filantrópicos. A Santa Casa de Misericórdia de Marília foi representada pelo diretor administrativo, Sérgio Stopato Arruda.
Para o diretor, a possibilidade de paralisação de serviços preocupa, porém tem sido cogitado como último recurso para chamar a atenção para uma situação financeira insustentável. “Esperamos que o governo federal compreenda o problema e faça uma proposta resolutiva. Se isso não ocorrer, a proposta de suspensão de serviços será levada à assembleia”, pontua.
Marília participa do movimento desde o início. O provedor do hospital, Milton Tedde, além de denunciar a falta de atualização em procedimentos como consultas, exames e cirurgias que geram déficit nas entidades, ainda aponta que distorção transfere para os hospitais filantrópicos e a sociedade civil organizada a obrigação de custear (com fundos próprios, campanhas, doações) mais de 35% de todos os recursos gastos com a saúde pública.
Caso haja paralisação, funcionarão apenas os serviços de urgência e emergência. De acordo com o movimento, as Santas Casas e os Hospitais Filantrópicos do Brasil são responsáveis por 57% da assistência do SUS, sendo imprescindível ao setor público. Mas as entidades estão sofrendo com situação econômica e financeira, decorrente de déficit continuado na relação dos serviços prestados pelo SUS com os pagamentos repassados.
A estimativa é que em Marília cerca de 10 mil pessoas sejam prejudicadas por dia. O valor projetado do déficit da entidade em 2012 deve ultrapassar R$ 1,5 milhão. Em 2011 a diferença entre receitas e despesas foi negativa em R$ 683 mil. No período foram repassados aos cofres da Santa Casa 25,2 milhões, enquanto os gastos ultrapassaram R$ 38 milhões.
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