quarta-feira, 18 de julho de 2012


Candidato do PSDB, Daniel Alonso declara à Justiça Eleitoral que Casa Sol vale R$ 19 mil

Valor declarado na conta corrente do mega empresário é de R$ 513,33. Candidato tucano não informa posse de casas e veículos


Com declaração de bens à Justiça Eleitoral que chega a R$ 2.773.457,08, causou estranheza entre os eleitores o valor do capital da empresa de materiais para construção Casa Sol, do candidato a prefeito Daniel Alonso (PSDB), estar avaliado em apenas R$ 19 mil. De acordo com as informações disponíveis no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), www. tse.jus.br, por exigência da Justiça Eleitoral, o valor - menor que o de um carro popular novo - está relacionado a 95% da matriz da loja em Marília.
Mais estranho ainda é o fato de o mega empresário ter declarado em seu nome, imóveis, terrenos e chácaras localizados em locais de luxo, mas não informar, por exemplo, itens considerados simples como veículos e casas.
Mais uma disparidade é o valor declarado na conta corrente de Daniel Alonso ser de apenas R$ 513,33, sendo que candidato da coligação “Seriedade e Competência por uma Marília Melhor” é o mais rico entre os demais concorrentes ao pleito municipal. A lista completa de bens do candidato que disputa as eleições com o vice Eduardo Nascimento (PTB) - considerado “Ficha Suja” e correndo o risco de impugnação - é composta por 24 itens.
Entre os imóveis de Daniel está o lote localizado no condomínio Swiss Park, um dos mais caros residenciais da cidade de São Carlos, com preços que podem ultrapassar R$ 1 milhão. No relatório de bens está declarada ainda gleba de terra no sítio São Paulo avaliada em R$ 20 mil e chácara no valor de R$ 18 mil. Também há terrenos localizados em áreas nobres da cidade, como os três indicados na rua Santa Helena, com valores que giram entre de R$ 22,4 mil e R$ 230 mil. Outros três terrenos localizados no Vale do Canaã estão avaliados em R$ 118,5 mil, R$ 136 mil e R$ 183,8 mil. Já o limite de gastos com publicidade na campanha do candidato é de R$ 2 milhões.
TOFFOLI
Apesar da campanha mais cara de Marília - R$ 5 milhões-, Ticiano Toffoli (PT) ao lado do vice Joseph Zuza (PRB) - que pode ser impugnado por sua “ficha suja” - é o que tem menor capital declarado entre os concorrentes: R$ 76.142,08. O valor se refere a 60% do montante dos outros cinco candidatos. Juntos, Daniel Alonso, Luiz Eduardo Dias, Tato, Cecílio Espósito e Vinícius Camarinha terão orçamento de R$ 8,6 milhões.
De acordo com os dados disponibilizados na internet, Toffoli, da coligação “Marília mais humana e democrática” tem parte de uma propriedade rural em Avencas com valor estimado de R$ 76.111,11. Outros bens apontados pelo candidato são capital social de Cooperativa de Crédito Rural, no valor de R$ 11,11; ação “ON” escritural Banco do Brasil de Telemar, de R$ 12,98; e ação PNB escritural Banco do Brasil de Telemar, avaliada em R$ 6,88.
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VINÍCIUS
O candidato Vinícius Camarinha (PSB), da coligação “A Mudança que a Gente Quer” declarou R$ 3 milhões a serem gastos durante a campanha e capital de R$ 1.933.459,75. O deputado estadual que disputa a prefeitura com o candidato a vice Sérgio Sobrinho Lopes (PSC), o Serjão da Acim, tem entre suas posses imóveis como apartamento, terreno, casa, sala comercial, além de terras, ações e veículo.
LUIS EDUARDO DIAZ
O candidato do PV, arquiteto Luis Eduardo Diaz, apresentou relação de bens de R$ 2.206. 363,83, o segundo maior capital declarado entre os candidatos. A lista se refere a imóveis, empréstimos, ações, reservas e cotas de capital, além de veículo. Destaque para o capital de empresa de R$ 1,2 milhão e fundo de investimento financeiro de R$ 447,6 mil e veículos que somam R$ 96 mil. Já o valor destinado para gastos na campanha do candidato do Partido Verde, que tem como vice Luiz Leme, é de R$ 2 milhões.
CECÍLIO
O candidato a prefeito pelo PSOL, Cecílio Espósito, que tem como vice Maria Marta Pizzi, declarou o montante de R$ 453 mil em bens. A lista é composta por capital de R$ 120 mil de empresa de bebidas, além de veículos que somam R$ 33 mil; casa de R$ 150 mil e terreno de R$ 150 mil. Já o valor a ser gasto na campanha de Espósito será o menor entre os seis candidatos: R$ 100 mil.
TATO
Por fim Antônio Augusto Ambrósio, o Tato, (PMDB), informou à Justiça Eleitoral que pretende gastar R$ 1,5 milhão na campanha. O empresário declarou o segundo menor valor em bens entre os seis candidatos, apenas R$ 384.267,05 divididos em 14 itens. Entre as posses estão imóveis que totalizam mais de R$ 300 mil, veículo Omega, no valor de R$ 106,8 mil, título de capitalização de R$ 896,44, além de aplicações. O saldo em conta corrente do candidato que concorre ao lado da vice Adriana Ferrari (PMDB) é de R$ 6.538. A empresa do candidato, Estruturas Metálicas Brasil, não consta nas declarações apresentadas.



Especialistas estranham valor declarado


Sabidamente uma das empresas de materiais de construção mais conhecidas do interior do estado causou estranheza entre analistas de mercado e eleitores a declaração de bens de Daniel Alonso.
Alguns arriscaram dizer que a Casa Sol, com suas centenas de funcionários, frota de caminhões para distribuição, equipamentos e showroom valeria, no mínimo, R$ 10 milhões. O motivo para o suposto subfaturamento seria por questões fiscais, tributárias ou outras razões desconhecidas.
Contraditoriamente, na mesma declaração a megaempresa vale menos, por exemplo, que um de seus terrenos na rua Santa Helena, zona leste da cidade.




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