Economia
05-09-2014, 9h51
Na prática, Dilma demite Mantega da Fazenda
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Postado por: Daniela Martins
O tema do comentário no “Jornal da CBN” foi a sinalização da presidente Dilma Rousseff de que trocaria o ministro da Fazenda num eventual segundo mandato. Perguntada sobre a saída de Guido Mantega do cargo, Dilma respondeu: “governo novo, equipe nova”. É uma tentativa de atrair o empresariado, que não apoia mais a política econômica do governo.
A resposta da presidente é praticamente uma “demissão” de Mantega, bem no meio da campanha eleitoral. É uma decisão que vem tarde e numa hora inconveniente. Mantega poderá não ter força para exercer o cargo nos quatro meses que ainda faltam para acabar o atual mandato. Ele já não tem credibilidade junto ao empresariado. Ficou famoso por fazer previsões que nunca se realizaram. Enfraquecê-lo pode socorrer a presidente do ponto de vista eleitoral. Mas atrapalha ainda mais a gestão decepcionante no Ministério da Fazenda.
As bases econômicas bem avaliadas do governo Lula foram lançadas pelo então ministro Antonio Palocci. A entrada de Mantega trouxe uma inflexão mais intervencionista na política econômica, que não deu certo. Sua gestão vai entregar um crescimento medíocre e deixar a inflação em um patamar alto. Dilma errou ao não demiti-lo no ano passado, quando aconselhada por Lula. Agora, paga o preço por essa decisão.
A presidente é responsável, em última instância, pela política econômica. Mas também tem culpa quem baixou a cabeça. Há relatos de bastidores de que Mantega quis contrariar Dilma algumas vezes, mas não foi adiante. Palocci chegou a pedir demissão a Lula caso não fossem bancadas algumas medidas duras que ele considerava adequadas. Toda a equipe econômica do governo Dilma é fraca na comparação com a do governo Lula. Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, não resistiu às investidas do Palácio do Planalto para baixar os juros. O secretário do Tesouro, Arno Augustin, fez maquiagem nas contas públicas. Aldemir Bendine, presidente do Banco do Brasil, nega acusação de um motorista que o teria visto transportar sacola com dinheiro vivo.
É injusto culpar apenas Mantega. O Banco Central tem de ser cobrado pela inflação no topo da meta. O Tesouro tem de ser responsabilizado pelo descrédito da política fiscal. Nelson Barbosa, que era o número dois do Ministério da Fazenda, não concordou com algumas medidas e se afastou. Agora é um dos principais cotados para substituir Mantega.
O risco que a presidente Dilma corre de não se reeleger deriva, principalmente, de erros na área econômica. Portanto, além de “governo novo, política nova”, ela também deveria dizer “política econômica nova”.
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Economia
05-09-2014, 9h51Na prática, Dilma demite Mantega da Fazenda
Postado por: Daniela Martins
A resposta da presidente é praticamente uma “demissão” de Mantega, bem no meio da campanha eleitoral. É uma decisão que vem tarde e numa hora inconveniente. Mantega poderá não ter força para exercer o cargo nos quatro meses que ainda faltam para acabar o atual mandato. Ele já não tem credibilidade junto ao empresariado. Ficou famoso por fazer previsões que nunca se realizaram. Enfraquecê-lo pode socorrer a presidente do ponto de vista eleitoral. Mas atrapalha ainda mais a gestão decepcionante no Ministério da Fazenda.
As bases econômicas bem avaliadas do governo Lula foram lançadas pelo então ministro Antonio Palocci. A entrada de Mantega trouxe uma inflexão mais intervencionista na política econômica, que não deu certo. Sua gestão vai entregar um crescimento medíocre e deixar a inflação em um patamar alto. Dilma errou ao não demiti-lo no ano passado, quando aconselhada por Lula. Agora, paga o preço por essa decisão.
A presidente é responsável, em última instância, pela política econômica. Mas também tem culpa quem baixou a cabeça. Há relatos de bastidores de que Mantega quis contrariar Dilma algumas vezes, mas não foi adiante. Palocci chegou a pedir demissão a Lula caso não fossem bancadas algumas medidas duras que ele considerava adequadas. Toda a equipe econômica do governo Dilma é fraca na comparação com a do governo Lula. Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, não resistiu às investidas do Palácio do Planalto para baixar os juros. O secretário do Tesouro, Arno Augustin, fez maquiagem nas contas públicas. Aldemir Bendine, presidente do Banco do Brasil, nega acusação de um motorista que o teria visto transportar sacola com dinheiro vivo.
É injusto culpar apenas Mantega. O Banco Central tem de ser cobrado pela inflação no topo da meta. O Tesouro tem de ser responsabilizado pelo descrédito da política fiscal. Nelson Barbosa, que era o número dois do Ministério da Fazenda, não concordou com algumas medidas e se afastou. Agora é um dos principais cotados para substituir Mantega.
O risco que a presidente Dilma corre de não se reeleger deriva, principalmente, de erros na área econômica. Portanto, além de “governo novo, política nova”, ela também deveria dizer “política econômica nova”.
Ela é que tem que se demitir.
e veremos se o mesmo terá os votos para vencer.
A pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (5) mostra as intenções de voto para as eleições de Presidente em seis estados e o no Distrito Federal. Em todos, a briga entre primeiro e segundo é entre Marina Silva e Dilma Rousseff, com Aécio em terceiro.
Marina Silva, candidata do PSB, lidera em São Paulo com 42%, quase o dobro da presidente e concorrente à reeleição pelo PT Dilma Rousseff, que conta com 23%. Aécio Neves, que disputa a Presidência pelo PSDB, aparece com 18%. O estado de São Paulo representa 22% do eleitorado do Brasil.
Vide propaganda eletoral do TIRIRICA onde a arte imita a vida ou…
Gesiel o Manteiga não acerta uma,falaram para a guerrilheira sumir com ele,ela poderia ir junto,aliás os dois vão ser demitidos pelo povo Brasileiro.
Vc falou que ele é competente como Ministro,deve ser brincadeirinha né?
para escolher quem ela quer para ministro.
Agora se ela disse que terá equipe nova, pode ser fruto de pressão de nossas classes empresarias que só gostam de mamar nas tetas do governo e não foi suficiente o dinheiro que ganharam desde 2010 até esta data.
Você apurou se o Mantega quer continuar no governo num próximo governo do PT?
Até ele sair é Ministro da Fazenda. Ela revelou para o país como nossas classes empresarias,
sabotam uma candidatura, e um governo, tem gente ainda que não consegue ver.
E tem incautos que acreditam na “nova política”.
Como ele foi demitido na pratica? Ela pode dar uma banana aos que querem sua demissão.
O caminho é feito ao andar.
O Mantega vem desde o desgoverno anterior. Já que é governo novo porque não foi demitido quando a atual secretária executiva tomou posse? Porque só agora, quando a sua candidatura está fazendo água? Se serviu até agora, porque não serve para o futuro. O mercado vem pedindo a saída do Mantega há tempo, inclusive o mercado internacional, pois sua administração já provou ser um total fracasso.
Pura balela eleitoreira, como tem sido o desgoverno há 12 anos.
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