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Postado em 19/02/2014 às 01:00
Bêlo vai a júri hoje acusado de assassinar adolescente a facadas na favela do Bronks
Crime ocorreu em 2011; irmão de Bêlo foi executado dois dias depois com dez tiros em ato de vingança
EXTERMÍNIO - Jovem foi morto a facadas por volta da 1h, dentro de sua própria casa, na rua Lázaro Fonseca - Arquivo
O
ajudante geral Maicon Rodrigo Bernardo Ramos, 32, mais conhecido como
Bêlo, será julgado às 10h de hoje, no Fórum. Ele é acusado de matar o
adolescente Eduardo Henrique Marciano, 17, na madrugada do dia 18 de
julho de 2011, ns favela do Bronks, no Jardim Virgínia, zona oeste de
Marília. O jovem foi morto a facadas por volta da 1h, dentro de sua
própria casa, na rua Lázaro Fonseca. Crime teria sido motivado por
desacerto no pagamento de crack.
Dois dias depois o irmão de Bêlo, o pedreiro Lincoln Gabriel Ramos,
23, foi executado com dez tiros de armas de diversos calibres na porta
da casa onde morava. O crime foi praticado por um grupo de amigos de
Eduardo como vingança. Por este crime, já foi condenado Alex Soares
Pereira, 28, o “Batchaca”, a 16 anos de prisão. Ainda aguardam
julgamento Werner Alves Silva, 23, o “Beco”, Wesley Fernando Santana,
21, o “Merenda”, e Luís Carlos da Silva Gois, 20, o “Milei”.
Quando foi preso, Bêlo negou o homicídio do adolescente e acusou o
próprio irmão que morreu em seu lugar. Na fase de investigações, Bêlo
teve a prisão preventiva decretada através de despacho do juiz José
Henrique Ursulino, da 2ª Vara Criminal. Ele foi levado à penitenciária
de Marília após ser capturado pela DIG (Delegacia de Investigações
Gerais) em Paranavaí (PR). Ação teve o auxílio da Polícia Militar do
Paraná.
Foram descartadas as qualificadoras de motivo torpe e morte empregada
por meio cruel, sendo pronunciado por homicídio simples. Como fugiu
durante as investigações, com maus antecedentes, incluindo reincidência
em crime de homicídio, não pôde recorrer solto da sentença e permaneceu
preso durante todo o processo.
O CASO
De acordo com a denúncia do Ministério Público, Bêlo foi até a casa
de Eduardo Marciano e o matou a facadas, com golpes no tórax e pescoço.
Mesmo gravemente ferido, Marciano buscou ajuda, mas não resistiu e
morreu antes de receber atendimento médico.
Durante a fase judicial do processo, Bêlo ficou em silêncio ao ser
questionado sobre a morte de Marciano. Mas na versão que deu à polícia,
além de negar a autoria do crime, afirmou que o irmão Lincoln teria
assassinado Marciano. Pouco tempo antes de ser morto, Lincoln foi ouvido
na Delegacia de Investigações Gerais. Ele contou que o irmão Bêlo havia
saído na noite do homicídio e não retornado mais.
Bêlo desapareceu de Marília no dia seguinte ao assassinato e só foi
encontrado dias depois, na cidade de Paranavaí (PR), onde estava
escondido na casa de uma tia. Ele admitiu conhecer a vítima e disse que
adquiria entorpecentes com o adolescente.
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