quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Reajuste do salário mínimo beneficia cerca de 20 mil aposentados em Marília

Miriam Belchior, do Planejamento, anunciou valor ontem no Congresso. O valor do salário mínimo é calculado com base no percentual de crescimento do PIB

OPINIÃO - Arthur acredita que o valor precisava ser maior para comprar as coisas essenciais
A ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, anunciou no último dia 29, que o Projeto de Lei Orçamentária elaborado pelo governo prevê salário mínimo de R$ 722,90 a partir de 1º de janeiro de 2014. O valor representa um reajuste de 6,62% em relação aos atuais R$ 678. A medida deverá beneficiar cerca de 20 mil aposentados, que recebem um salário de benefício em Marília.
O valor do salário mínimo é calculado com base no percentual de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do ano retrasado mais a reposição da inflação do ano anterior pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O salário mínimo foi instituído em 1940, durante o governo de Getúlio Vargas.
O economista Eduardo Rino afirma que o reajuste está dentro do esperado. “O Congresso aprovou o método de reajuste e como não tivemos crescimento do PIB, o salário foi reajustado apenas na inflação”.
Apesar do reajuste, o salário mínimo no Brasil ainda está abaixo do considerado ideal para manter as despesas mensais. Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), que calcula o preço da cesta básica e o valor do salário necessário, no último mês, o departamento estimou que o menor salário pago deveria ser de R$ 2.750,83 (ou seja, 4,06 vezes o mínimo em vigor atualmente, de R$ 678).
O cálculo é feito levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser capaz de suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência
O economista acrescenta que a cesta básica está subindo desproporcionalmente ao valor do salário, por isso a diferença. “Os alimentos estão subindo bastante, em decorrência de fatores climáticos e com o câmbio elevado prejudica a importação, já o salário não tem reajuste proporcional”, acrescenta Rino.
O funcionário público Arthur Pernomian, 36, acredita que o reajuste é baixo, levando em consideração o elevado valor das coisas essenciais. “As coisas estão subindo muito e o salário não sobe proporcionalmente. Acho que deveria ter maior valorização do salário mínimo”.



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