domingo, 9 de junho de 2013

TJ-SP nega recurso e ex-investigador vai a júri por assassinar colega em delegacia

Crime ocorreu em setembro de 2008 em Oscar Bressane; indiciado por homicídio qualificado, réu pode pegar até 30 anos de prisão caso seja condenado

ASSASSINATO - Crime passional ocorreu na cozinha da delegacia de Oscar Bressane em setembro de 2008 - Foto: Arquivo
Acusado de assassinar o policial civil Roberto Lopes Meira, 40, em crime ocorrido em 2008 no interior da delegacia de Oscar Bressane (40 km de Marília), o ex-investigador Ademir Spolaor, 41, teve recurso negado pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) e vai mesmo enfrentar o júri popular, em data ainda indefinida.
Spolaor havia sido pronunciado a julgamento em dezembro do ano passado pela Justiça de Paraguaçu Paulista, onde corre o processo, entretanto o advogado dele, Amancio de Camargo Filho, apelou da decisão. O defensor alegou que seu cliente agiu em legítima defesa e requereu a absolvição sumária do ex-investigador.
Em julgamento realizado na última quinta-feira (6) na 9ª Câmara de Direito Criminal do TJ-SP, os desembargadores Otávio Henrique, Sérgio Coelho e Penteado Navarro, de forma unânime, rejeitaram as argumentações e mantiveram a decisão.
O ex-policial civil, que responde o processo em liberdade, foi indiciado por homicídio qualificado (motivo torpe). Se condenado, Spolaor pode pegar até 30 anos de prisão em regime fechado.
O CRIME
O assassinato teve motivação passional. Segundo a denúncia do Ministério Público, dias antes do crime, Meira e sua esposa caminhavam por uma estrada vicinal quando encontraram a mulher de Spolaor. Os três iniciaram uma discussão e se agrediram com socos, pontapés e arranhões. A desavença, inclusive, resultou na lavratura de um boletim de ocorrência de lesão corporal mútua.
Já na tarde do dia 24 de setembro de 2008, por volta das 13h30, Meira foi até a delegacia retirar a requisição para realizar o exame de corpo de delito. Os dois investigadores se encontraram na cozinha da delegacia e em seguida foram ouvidos disparos.
Ao todo, foram efetuados cinco tiros, sendo que dois acertaram o policial da DIG. Meira chegou a ser socorrido para o Hospital das Clínicas, mas não resistiu aos graves ferimentos e morreu durante o trajeto.
Spolaor alegou que só atirou após Meira tentar sacar sua arma. A argumentação, no entanto, não convenceu o juiz Lucas Pereira Moraes Garcia, da Comarca de Paraguaçu Paulista, que se baseou no depoimento de diversas testemunhas.



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