quarta-feira, 26 de junho de 2013


Assassino de universitário pode pegar até 30 anos

Com a decisão, Marcos Vinícius Ferreira Costa agora responde de forma oficial pela morte de Roberto Rodrigues de Oliveira Filho, em crime ocorrido no início de maio

RÉU - Decisão torna oficial indiciamento de Marcos Vinícius Ferreira Costa - Foto: Arquivo
WAGNER AITH

A Justiça de Marília aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público e agora o auxiliar administrativo Marcos Vinícius Ferreira Costa, 24, responde, de forma oficial, pelo assassinato do universitário Roberto Rodrigues de Oliveira Filho, 22, em crime ocorrido no início de maio, no Salgado Filho, zona oeste da cidade.
A decisão, assinada pelo juiz Décio Divanir Mazeto, da 3ª Vara Criminal, foi proferida na última quinta-feira (20), no entanto apenas ontem a reportagem do Jornal Diário teve acesso a ela. No despacho, o magistrado segue os argumentos da acusação, que apontou elementos que comprovam a materialidade, autoria e nexo causal do crime.
Mazeto também manteve as duas qualificadoras contra Marcos Vinicius (motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima) e ainda expediu a ordem de prisão contra o réu, que foi cumprida na manhã seguinte em Oriente (25 km de Marília) pela DIG de Marília (Delegacia de Investigações Gerais) e Polícia Civil de Pompéia.
Com isso, o auxiliar administrativo, caso seja pronunciado ao júri popular, pode pegar até 30 anos de prisão em regime fechado. A primeira audiência do processo deve ser agendada nos próximos dias.
O CRIME
O assassinato ocorreu no dia 7 de maio, por volta das 19h30, na rua Coronel José Brás, nos fundos da escola estadual Monsenhor Bicudo. Roberto caminhava pelo local quando foi baleado duas vezes na cabeça. O universitário foi encontrado caído e inconsciente por populares, que acionaram o resgate.
Testemunhas e moradores próximos à cena do crime relataram ter ouvido de dois a três disparos de arma de fogo e em seguida um barulho de moto, como se estivesse em fuga. O jovem foi socorrido pelo SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas não resistiu aos ferimentos e morreu no dia seguinte. Ainda no dia do crime, a desconfiança de tentativa de latrocínio (roubo seguido de morte) era a mais plausível, porém logo as investigações apontaram para um caso de homicídio passional. Já no último dia 7, Marcos Vinícius se apresentou à Polícia Civil. Interrogado, ele confessou a autoria, mas afirmou ter agido em legítima defesa. As investigações, no entanto, apontaram um desentendimento anterior entre eles.
“A vítima teria tido um breve relacionamento com a namorada do autor antes de Marcus Vinicius iniciar o namoro com ela. Além disso, o auxiliar já havia feito diversas ameaças a Roberto, o qual tentava reatar a amizade, pois iria se mudar em breve para Curitiba e não queria deixar Marília com nenhuma inimizade”, disse, na época, o delegado Aéliton Roberto de Souza, da DIG.
Após prestar depoimento, Marcos Vinícius deixou a delegacia pela porta da frente, mas foi preso na quinta-feira por ordem da Justiça.



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