Servente pega 25 anos de prisão por latrocínio
Wagner Moreira da Silva é réu confesso do roubo seguido de morte ocorrido em 2011
O servente de pedreiro Wagner Moreira da Silva, 34, mais
conhecido como “Vagão”, foi condenado a 25 anos de prisão em regime
fechado pelo latrocínio (roubo seguido de morte) do mecânico Romano
Antônio Longo, 61, ocorrido no final de agosto do ano passado no Nova
Marília, zona sul da cidade. Outro réu no processo, o autônomo Luiz
Carlos de Andrade, 41, foi absolvido por falta de provas.
A sentença, de oito páginas, foi proferida no último dia 23 de
novembro e é assinada pelo juiz Décio Divanir Mazeto, da 2ª Vara
Criminal de Marília. A reportagem do Jornal Diário, no entanto, só teve
acesso ao documento ontem (5).
Responsável pela defesa dos dois réus, o advogado Ricardo Jorge Kruta
Barros pedia a absolvição de ambos. Subsidiariamente, requeria o
afastamento da qualificadora. Já o Ministério Público solicitou a pena
máxima para Wagner e a absolvição de Luiz Carlos por falta de provas.
“Luiz Carlos negou qualquer participação do episódio. Wagner,
entretanto, assumiu, integralmente, a autoria da grave infração. Admitiu
que estava residindo nos fundos da casa do ofendido e, naquela manhã,
pretendeu obter algum objeto para negociá-lo com drogas, já que viciado.
Agiu sozinho. Atribuiu sua conduta insólita e criminosa ao fato de ser
dependente de entorpecente e justificou a morte da vítima como uma
fatalidade”, diz trecho da sentença.
“Na medida em que se confessou viciado em drogas, foi instaurado, em
seu favor, o incidente de verificação de dependência toxicológica. Os
peritos o apontaram como portador de transtornos mentais e
comportamentais por consumo e dependência de múltiplas drogas.
Entretanto, é plenamente capaz para entender o caráter ilícito do fato
que lhe é imputado e também capaz para determinar-se com esse
entendimento”, completa o magistrado na sequência.
Na dosimetria da pena, Mazeto ainda levou em conta o histórico
criminal de Wagner, que possui diversas passagens na polícia e é
considerado violento e agressivo. O magistrado ainda negou o direito do
servente recorrer em liberdade.
A terceira ré do caso, Ângela Maria Pires, 21, acusada de receptar os
produtos roubados da vítima, teve o processo desmembrado e ainda não
foi julgada.
O CASO
Segundo a denúncia do Ministério Público, por volta das 5h do dia 31
de agosto, Wagner passava pela rua Altino de Almeida quando percebeu que
a casa do mecânico estava aberta. O servente então pulou e se armou com
um pedaço de madeira. Ao entrar no imóvel, ele foi surpreendido pela
vítima, que estava sentada no sofá.
Ao perceber a presença do criminoso, Romano reagiu, porém foi
agredido com socos no rosto e caiu. Logo em seguida, Wagner desferiu um
golpe com o pedaço de madeira também na face da vítima, que desmaiou.
Rapidamente, o bandido fugiu levando cerca de R$ 2 mil em dinheiro,
aparelho DVD e celular.
Na manhã seguinte, o filho do mecânico foi alertado que o pai não
aparecera no trabalho. Preocupado, ele ligou para Romano, no entanto o
telefonema foi atendido por uma mulher, que disse ter comprado o
aparelho de uma terceira pessoa.
Preocupado, o filho foi até a residência do pai e o encontrou
agonizando na sala com um grave ferimento na cabeça. Ao lado dele estava
o pedaço de madeira, medindo cerca de 1,20 metro e com vestígios de
sangue. Romano foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e encaminhado ao
Hospital das Clínicas. Ele passou por cirurgia neurológica, mas não
resistiu aos ferimentos e morreu dias depois.
Wagner e Luiz Carlos foram presos pela DIG (Delegacia de
Investigações Gerais). O segundo, no entanto, teve revogada a prisão
preventiva em janeiro e desde então está nas ruas.
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Servente pega 25 anos de prisão por latrocínio
Wagner Moreira da Silva é réu confesso do roubo seguido de morte ocorrido em 2011
O servente de pedreiro Wagner Moreira da Silva, 34, mais
conhecido como “Vagão”, foi condenado a 25 anos de prisão em regime
fechado pelo latrocínio (roubo seguido de morte) do mecânico Romano
Antônio Longo, 61, ocorrido no final de agosto do ano passado no Nova
Marília, zona sul da cidade. Outro réu no processo, o autônomo Luiz
Carlos de Andrade, 41, foi absolvido por falta de provas.
A sentença, de oito páginas, foi proferida no último dia 23 de novembro e é assinada pelo juiz Décio Divanir Mazeto, da 2ª Vara Criminal de Marília. A reportagem do Jornal Diário, no entanto, só teve acesso ao documento ontem (5).
Responsável pela defesa dos dois réus, o advogado Ricardo Jorge Kruta Barros pedia a absolvição de ambos. Subsidiariamente, requeria o afastamento da qualificadora. Já o Ministério Público solicitou a pena máxima para Wagner e a absolvição de Luiz Carlos por falta de provas.
“Luiz Carlos negou qualquer participação do episódio. Wagner, entretanto, assumiu, integralmente, a autoria da grave infração. Admitiu que estava residindo nos fundos da casa do ofendido e, naquela manhã, pretendeu obter algum objeto para negociá-lo com drogas, já que viciado. Agiu sozinho. Atribuiu sua conduta insólita e criminosa ao fato de ser dependente de entorpecente e justificou a morte da vítima como uma fatalidade”, diz trecho da sentença.
“Na medida em que se confessou viciado em drogas, foi instaurado, em seu favor, o incidente de verificação de dependência toxicológica. Os peritos o apontaram como portador de transtornos mentais e comportamentais por consumo e dependência de múltiplas drogas. Entretanto, é plenamente capaz para entender o caráter ilícito do fato que lhe é imputado e também capaz para determinar-se com esse entendimento”, completa o magistrado na sequência.
Na dosimetria da pena, Mazeto ainda levou em conta o histórico criminal de Wagner, que possui diversas passagens na polícia e é considerado violento e agressivo. O magistrado ainda negou o direito do servente recorrer em liberdade.
A terceira ré do caso, Ângela Maria Pires, 21, acusada de receptar os produtos roubados da vítima, teve o processo desmembrado e ainda não foi julgada.
O CASO
Segundo a denúncia do Ministério Público, por volta das 5h do dia 31 de agosto, Wagner passava pela rua Altino de Almeida quando percebeu que a casa do mecânico estava aberta. O servente então pulou e se armou com um pedaço de madeira. Ao entrar no imóvel, ele foi surpreendido pela vítima, que estava sentada no sofá.
Ao perceber a presença do criminoso, Romano reagiu, porém foi agredido com socos no rosto e caiu. Logo em seguida, Wagner desferiu um golpe com o pedaço de madeira também na face da vítima, que desmaiou. Rapidamente, o bandido fugiu levando cerca de R$ 2 mil em dinheiro, aparelho DVD e celular.
Na manhã seguinte, o filho do mecânico foi alertado que o pai não aparecera no trabalho. Preocupado, ele ligou para Romano, no entanto o telefonema foi atendido por uma mulher, que disse ter comprado o aparelho de uma terceira pessoa.
Preocupado, o filho foi até a residência do pai e o encontrou agonizando na sala com um grave ferimento na cabeça. Ao lado dele estava o pedaço de madeira, medindo cerca de 1,20 metro e com vestígios de sangue. Romano foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e encaminhado ao Hospital das Clínicas. Ele passou por cirurgia neurológica, mas não resistiu aos ferimentos e morreu dias depois.
Wagner e Luiz Carlos foram presos pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais). O segundo, no entanto, teve revogada a prisão preventiva em janeiro e desde então está nas ruas.
A sentença, de oito páginas, foi proferida no último dia 23 de novembro e é assinada pelo juiz Décio Divanir Mazeto, da 2ª Vara Criminal de Marília. A reportagem do Jornal Diário, no entanto, só teve acesso ao documento ontem (5).
Responsável pela defesa dos dois réus, o advogado Ricardo Jorge Kruta Barros pedia a absolvição de ambos. Subsidiariamente, requeria o afastamento da qualificadora. Já o Ministério Público solicitou a pena máxima para Wagner e a absolvição de Luiz Carlos por falta de provas.
“Luiz Carlos negou qualquer participação do episódio. Wagner, entretanto, assumiu, integralmente, a autoria da grave infração. Admitiu que estava residindo nos fundos da casa do ofendido e, naquela manhã, pretendeu obter algum objeto para negociá-lo com drogas, já que viciado. Agiu sozinho. Atribuiu sua conduta insólita e criminosa ao fato de ser dependente de entorpecente e justificou a morte da vítima como uma fatalidade”, diz trecho da sentença.
“Na medida em que se confessou viciado em drogas, foi instaurado, em seu favor, o incidente de verificação de dependência toxicológica. Os peritos o apontaram como portador de transtornos mentais e comportamentais por consumo e dependência de múltiplas drogas. Entretanto, é plenamente capaz para entender o caráter ilícito do fato que lhe é imputado e também capaz para determinar-se com esse entendimento”, completa o magistrado na sequência.
Na dosimetria da pena, Mazeto ainda levou em conta o histórico criminal de Wagner, que possui diversas passagens na polícia e é considerado violento e agressivo. O magistrado ainda negou o direito do servente recorrer em liberdade.
A terceira ré do caso, Ângela Maria Pires, 21, acusada de receptar os produtos roubados da vítima, teve o processo desmembrado e ainda não foi julgada.
O CASO
Segundo a denúncia do Ministério Público, por volta das 5h do dia 31 de agosto, Wagner passava pela rua Altino de Almeida quando percebeu que a casa do mecânico estava aberta. O servente então pulou e se armou com um pedaço de madeira. Ao entrar no imóvel, ele foi surpreendido pela vítima, que estava sentada no sofá.
Ao perceber a presença do criminoso, Romano reagiu, porém foi agredido com socos no rosto e caiu. Logo em seguida, Wagner desferiu um golpe com o pedaço de madeira também na face da vítima, que desmaiou. Rapidamente, o bandido fugiu levando cerca de R$ 2 mil em dinheiro, aparelho DVD e celular.
Na manhã seguinte, o filho do mecânico foi alertado que o pai não aparecera no trabalho. Preocupado, ele ligou para Romano, no entanto o telefonema foi atendido por uma mulher, que disse ter comprado o aparelho de uma terceira pessoa.
Preocupado, o filho foi até a residência do pai e o encontrou agonizando na sala com um grave ferimento na cabeça. Ao lado dele estava o pedaço de madeira, medindo cerca de 1,20 metro e com vestígios de sangue. Romano foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e encaminhado ao Hospital das Clínicas. Ele passou por cirurgia neurológica, mas não resistiu aos ferimentos e morreu dias depois.
Wagner e Luiz Carlos foram presos pela DIG (Delegacia de Investigações Gerais). O segundo, no entanto, teve revogada a prisão preventiva em janeiro e desde então está nas ruas.
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