Isso porque é
neste momento que começa o horário de verão, mudança que vale para todos
os estados das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, além do estado de
Tocantins, único da região Norte que adere à medida. O novo horário _ ca
em vigor até 17 de fevereiro. Adotado pela primeira vez no Brasil em
1931, o horário de verão é defendido pelo governo como forma de
economizar energia. Este ano, segundo o Operador Nacional do Sistema
(ONS), a economia deve chegar a R$ 280 milhões, superior aos R$ 130
milhões do ano passado. No entanto, a medida divide opiniões. Acordar
quando ainda está escuro pode ser um fato difícil. O repositor Danilo
Nogueira, 20 anos, é um dos que não aprovam a alteração. “Acordo todos
os dias às 5h, já que preciso pegar ônibus para vir a Marília. É ruim
porque altera toda a minha rotina de atividades e acabo indo dormir mais
tarde e tendo que acordar muito cedo”, disse. A mesma opinião é
compartilhada pela empregada doméstica Alessandra Aparecida Marçal, 28
anos, que precisa levantar ainda mais cedo. “Pulo da cama às 4h todos os
dias e saio de casa às 5h30. No horário de verão eu _ co totalmente
perdida, chegando até a me atrasar”, pontuou. A funcionária pública
Simone Imamura, 35 anos, ressaltou que o maior problema é a adaptação do
relógio biológico. “Toda vez que olho no relógio durante o horário de
verão, levo o maior susto devido o avanço do tempo. Até ocorrer a total
adaptação vão vários dias, por isso sou contra essa medida”. O
aposentado José Somenzari, 54 anos, questiona inclusive a e_ cácia da
medida proposta pelo governo. “Não adianta economizar energia.
Horário de verão evitará gasto de R$ 3 bi com construção de usinas térmicas
O horário de verão, que começa neste domingo, poderá evitar gastos
estimados em R$ 3 bilhões na construção de novas usinas térmicas a gás,
que seriam necessárias para garantir a segurança do suprimento de
energia no horário de pico, se não houvesse a medida. “Se não houvesse
redução da demanda, o país teria que instalar usinas para atender às
necessidades. Então, não instalando usinas, os investimentos deixam de
ser feitos”, disse o secretário de Energia Elétrica do Ministério de
Minas e Energia, Ildo Grüdtner. Segundo ele, a mudança de horário
proporciona um ganho considerável para a segurança do sistema elétrico
brasileiro. “Menor demanda implica maior segurança para o sistema, que
não _ ca tão ‘estressado’. Há também maior _ exibilidade operativa para
liberar instalações para manutenção e redução da geração de energia
térmica para atender a esse consumo”, explicou o secretário. De acordo
com expectativas do governo, com a adoção do horário de verão, será
evitado um gasto de R$ 280 milhões com o acionamento de usinas térmicas
neste ano para suprir a demanda no horário de pico. Segundo Grüdtner, a
redução da demanda de energia no horário de pico neste ano deve ser de
cerca de 4,5%, o que representa 2,2 mil megawatts. A redução total de
consumo deverá ser de 0,5%. Neste ano, o estado do Tocantins adotará o
horário de verão pela primeira vez. A Bahia, que aderiu ao sistema no
ano passado, vai _ car de fora. Segundo Grüdtner, o governo baiano pediu
a retirada por causa da rejeição da medida pela sociedade. O horário de
verão é adotado em todos os estados das regiões Sul, Sudeste e
Centro-Oeste. O horário de verão começa à meia-noite, quando os relógios
deverão ser adiantados em uma hora, e termina no dia 17 de fevereiro de
2013. A medida é adotada sempre nesta época do ano, quando os dias são
mais longos por causa da posição da Terra em relação ao Sol, e a
luminosidade natural pode ser mais bem aproveitada.
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