terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Marília, 23 de Fevereiro de 2016 - 11:19

Postado em 22/02/2016 às 12:18

Funcionários da Ikeda Empresarial iniciam greve por suspensão da alimentação

O movimento foi deflagrado na manhã desta segunda-feira (22), cerca de 60 trabalhadores participam

Categoria: Geral

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Funcionários cruzam os braços em frente à indústria de metalurgia - Alexandre de Souza

FABIELE FORTALEZA
Cerca de 60 dos 100 funcionários da metalúrgica Ikeda Empresarial, de Marília, decretaram greve na manhã desta segunda-feira (22). Os trabalhadores pedem a retomada do fornecimento da alimentação, suspensa em janeiro deste ano. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de Marília e Região, a empresa alega dificuldade econômica para manter o almoço oferecido aos trabalhadores.
“Todas as empresas estão passando por um momento crítico, mas a direção da Ikeda não se reuniu com seus funcionários para falar sobre isso. Eles cortaram o benefício sem dar nenhuma satisfação. E o almoço fornecido não era totalmente gratuito, a empresa descontava R$ 22 de cada funcionário”, informa Irton Siqueira, presidente do Sindicato.
De acordo com os funcionários, o almoço era fornecido há mais de oito anos. No entanto, a concessão desse benefício não consta em convenção ou acordo coletivo de trabalho entre a empresa e o sindicato, portanto podendo ser suspenso a qualquer momento.
“Como o almoço já é fornecido há vários anos o sindicato entende que é um direito adquirido. Os boatos de que a alimentação seria suspensa começaram em dezembro, mas a empresa nunca se reuniu com os funcionários para falar a respeito do caso ou mostrar uma solução”, afirma Irton.
A Ikeda Empresarial não oferece nenhum outro tipo de benefício a seus funcionários. Não há PLR (Participação de Lucro e Resultados), cesta básica ou plano de saúde. Os trabalhadores aguardam um pronunciamento da empresa para voltarem ao trabalho.
“Enquanto o diretor da Ikeda não se pronunciar os funcionários vão manter o movimento. Não é preciso nem ele aparecer na porta, basta mandar um ofício falando que vai tentar uma negociação. Quanto mais ele demora, mais dinheiro perde”, afirma.
O Diário de Marília tentou, novamente, contato com a Ikeda Empresarial, mas o diretor responsável não foi localizado.