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Postado em 06/12/2013 às 01:00
Comparsa de “Rico” é preso com drogas e arma em operação conjunta da PF e PM
Adriano Simões Dias é réu no processo que apura a chamada “Guerra do
Tráfico”; crack, cocaína, maconha, revólver e dinheiro estavam
escondidos em meio a colchão
PRESO - Adriano Simões Dias, mais conhecido como “Neisinho” - Ricardo Prado
WAGNER AITH
Apontado pelo Ministério Público como integrante da quadrilha
comandada por Alex Amarildo de Oliveira, mais conhecido como “Rico”,
durante a chamada “Guerra do Tráfico”, o pedreiro Adriano Simões Dias,
26, o “Neisinho”, foi preso em uma operação conjunta deflagrada pela
Polícia Federal e Polícia Militar no início da manhã de ontem (5) na
favela do Toffoli, zona sul da cidade. Porções de cocaína, crack e
maconha já prontas para a venda, uma arma de fogo e mais de R$ 1 mil em
dinheiro foram apreendidas.
De acordo com o delegado-chefe da Delegacia da Polícia Federal em
Marília, Anilton Roberto Turíbio, a operação aconteceu por conta de um
estreitamento no relacionamento do órgão com a corporação estadual.
“Por realizar o trabalho ostensivo contra o comércio de entorpecentes
diariamente, a Polícia Militar tem informações valiosas que podem
facilitar o nosso trabalho investigativo”, explica. “Essa ação foi
resultado de um levantamento de dados feito por agentes nossos a paisana
a partir desses conhecimentos passados pelos policiais militares”,
complementa.
Ainda segundo Turíbio, foi apurado que uma casa na rua Francisca de
Oliveira, próximo ao “quartel-general” da quadrilha de Rico, servia como
ponto de distribuição de drogas a bocas de fumo da região. Autorizados
pela Justiça, policiais federais e militares fizeram buscas no imóvel
por volta das 6h.
Ao todo, mais de 500 pinos de crack, sete de cocaína, três trouxinhas
de maconha e um revólver calibre 38 municiado, além de R$ 760 em
cédulas, pelo menos R$ 300 em moedas e dois celulares, foram
apreendidos.
“Todos estavam dormindo quando chegamos. Avisamos da autorização
judicial e revistamos o local. Dentro de um colchão localizamos as
drogas, a arma e o dinheiro. Já as moedas estavam em dois cofres
lotados”, relata o tenente da Polícia Militar, Donizete José Ferreira,
que participou da ação.
Adriano, que foi identificado nas investigações como o responsável
por todos os objetos apreendidos, foi encaminhado à delegacia, indiciado
por tráfico de drogas e porte ilegal de arma de fogo e recolhido em uma
unidade prisional da região.
GUERRA
O pedreiro figura como um dos 24 réus do processo que apura a atuação
da quadrilha de Rico na Guerra do Tráfico, como ficou conhecida a
disputa armada travada com o bando chefiado pelo empresário Edson Santos
da Silva, 27, o “Dinho”.
O embate entre as gangues foi iniciado em meados de 2010 com o
assassinato de vendedor Ricardo Afonso de Souza, o “Ricardão”, morto com
um tiro à queima-roupa no pescoço. O crime foi revidado com ataques à
bala, porém uma “reunião” teria selado o fim da primeira fase dos
confrontos.
No final do ano seguinte, no entanto, e já com Dinho atrás das
grades, as gangues voltaram a duelar. Mais de dez boletins de ocorrência
foram registrados, com relatos de que imóveis e pessoas haviam sido
alvejadas durante a madrugada em vários pontos da cidade. Em um destes
ataques, que teria sido comandado por Rico, o jovem Leandro Romanelli
Moreira, 19, foi morto.
Acusados de participar de ataques viram alvos
Adriano não é o primeiro réu do processo que apura a chamada “Guerra
do Tráfico” que vira alvo de ações policiais nos últimos meses.
Conhecido como “Nicola”, Alex Ferreira Lima foi preso pela DIG
(Delegacia de Investigações Gerais) em julho acusado de comandar um
esquema de venda de drogas pela região sul da cidade que movimentava
milhares de reais diariamente.
Em setembro, Daniel Augusto de Oliveira, 27, o “Dani”, irmão mais
novo de Waldir Francisco de Oliveira e Alex Amarildo de Oliveira,
“Chibiu” e “Rico”, respectivamente, dois dos criminosos mais conhecidos
de Marília e região, foi detido pela Polícia Militar por suspeita de
envolvimento com o tráfico de drogas, porém acabou liberado no Plantão
Policial.
Outro réu do processo envolvido recentemente em um crime foi
Reginaldo Aparecido dos Santos, 24, executado a tiros também no Toffoli,
em outubro. As investigações da Polícia Civil descartaram que o
assassinato tenha sido motivado pela disputa entre gangues de
traficantes rivais. (W.A.)
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