sábado, 5 de outubro de 2013


Bancários rejeitam proposta e mantêm greve

Categoria considerou reajuste muito baixo e pretende intensificar paralisação, que deve atingir 5º dia útil

GREVE - Bancos estão fechados há 16 dias
BEATRIZ BARTHOLOMEU

Os bancários, em greve há 16 dias, recusaram na tarde de ontem proposta de 7,1% de reajuste salarial oferecida pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), estendendo a paralisação, que em Marília tem 70% de adesão, por tempo indeterminado.
A Fenaban propõe ainda que os pisos da convenção coletiva sejam reajustados em 7,5% e diz que será mantida a mesma fórmula de participação nos lucros, com correção dos valores fixos e de tetos em 10%. Pela proposta dos banqueiros, o piso salarial da categoria passaria para R$ 2.209,01. Entre outros benefícios, a Fenaban também oferece reajuste do auxílio-refeição, que subiria para R$ 22,98 por dia; na cesta alimentação, para R$ 394,04 por mês, além da 13ª cesta neste mesmo valor, e auxílio-creche mensal de R$ 327,95 por filho até 6 anos.
Os bancários pedem reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação), Participação nos Lucros e Resultado (PLR) de três salários mais R$ 5.553,15 e piso de R$ 2.860. Pede, ainda, fim de metas abusivas e de assédio moral que, segundo a confederação, adoece os bancários.
Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de Marília e região, Edison Julian, o comando de greve considerou que a proposta não engloba discussões sociais, como a saúde dos bancários e a insegurança do trabalho.
“A proposta além de ser baixa não inclui discussão sociais que estão na pauta de reivindicações”, diz. Segundo ele, como o comando de greve em São Paulo orienta a rejeição da proposta, a greve continua da mesma forma na próxima segunda-feira (7).
“Infelizmente a Fenaban foi mais uma vez irresponsável e perdeu oportunidade de apresentar uma proposta e acabar com a greve na segunda, evitando assim prejuízos no dia de pagamento. Esperamos que na próxima semana, uma nova rodada de negociação seja agendada. O comando avaliou a proposta como muito baixa, com menos de 1% de aumento real, assim orienta rejeição da proposta e intensificar a paralisação”.



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