sábado, 28 de abril de 2012

Postos de saúde permanecem 96 horas sem atendimento no feriado

PA da zona norte deve absorver toda a demanda de pacientes durante o período

Denise com o filho Miguel. Ela teme não conseguir atendimento no feriado - Foto: Ricardo Prado

As unidades de saúde de Marília ficarão 96 horas fechadas, isto porque não terão expediente na próxima segunda (31) e terça-feira (1º), devido ao ponto facultativo e feriado do Dia do Trabalho. Durante os quatro dias a população terá como única opção de atendimento os PAs (Pronto Atendimentos) que funcionarão no ponto facultativo (segunda-feira) e no feriado.
O PA da zona sul funciona das 7h às 23h, apenas de segunda-feira, somente o PA do Santa Antonieta localizado na zona norte abre 24 horas e deve absorver toda a demanda de pacientes durante o período.
A preocupação dos usuários é em relação ao aumento de demanda nos PAs. Com dois filhos pequenos, um de dois anos e outro de nove meses, a doméstica Denise Cristina Clemente dos Santos, 30, não concorda com o fechamento dos postos na segunda-feira.
“Acho que é uma irresponsabilidade deixar mães com crianças pequenas sem atendimento. É sempre nessas horas que precisamos de uma orientação médica ou mesmo dos agentes do posto de saúde”, reclamou.
Com o pequeno Miguel resfriado nos braços esperando atendimento no PA da zona norte, Denise teme que precise do atendimento no posto até mesmo para fazer inalação. “O posto é o apoio para a saúde das crianças. Caso eu precise terei que me deslocar até o PA”.
A reclamação é generalizada nas salas de espera dos postos de saúde, já que a demanda de consultas pode aumentar na quarta-feira (3) em tendo em vista o tempo que as unidades ficarão fechadas, além de causar super lotação nos Pronto Atendimentos da cidade.
Na tarde de ontem, o representante comercial Edgar de Oliveira, 64, saía do posto de saúde do bairro Castelo Branco com seus remédios de uso contínuo e já reclamava do período em que os postos permanecerão fechados.
“Sou totalmente contra. Acho que no mínimo deveriam manter equipes em regime de plantão. Vez ou outra a prefeitura deixa a população sem atendimento médico dessa maneira, penso que é uma decisão errada e desumana”.
Hipertenso, Oliveira pensa que como ele outros pacientes podem precisar de um medicamento ou atendimento, e acabar encontrando o posto de portas fechadas.




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