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Postado em 14/07/2015 às 15:47

Greve da Famema é avaliada em reunião do Sinsaúde

Segundo assessoria de imprensa da instituição, movimento teve abaixa adesão e não prejudicou os serviços prestados pelo Complexo

Categoria: Saúde

Greve no HC mobiliza poucos funcionários no segundo dia do movimento - Alexandre de Souza

FABIELE FORTALEZA
O segundo dia da greve do Complexo Famema (Faculdade de Medicina de Marília) reuniu, novamente, poucas pessoas em frente ao prédio do Hospital de Clínicas (HC). O movimento está sendo avaliado, neste momento, em uma reunião com dirigentes do Sinsaúde (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde de Campinas e Região).
A categoria reivindica 20% de reposição salarial, sendo 9% da inflação do período e 11% de aumento real e perda de mercado, além de melhores condições de trabalho e até aquisição de insumos básicos para exercer a função, como medicamentos, luvas e gaze.
De acordo com Aristeu Carriel, o movimento começa a ser avaliado a partir do segundo dia para mensurar, por meio dos plantões, quantos funcionários aderiram ao movimento. O resultado deve sair em breve, logo após o término da reunião.
No HC, pacientes reclamam da precariedade do atendimento prestado. O marido da doméstica Inês Vieira dos Santos, 58, está internado no hospital desde a terça-feira (7), quando realizou uma cirurgia para retirada de um câncer no estômago e pedras no rim. Segundo ela, o atendimento é precário, principalmente a parte da higiene pessoal e do quarto.
“As enfermeiras demoram a atender. O meu marido fica sujo por horas e o cheiro é tão forte a ponto de incomodar outras pessoas. Muitas vezes sou eu quem tenho que chamar, mais de uma vez, as enfermeiras para providenciar a troca da roupa de cama”, informou Inês.
Para o estoquista Reginaldo Cecílio dos Santos, 39, o atendimento tem falhado em relação à superlotação. Ele informou que seu sogro está internado desde a segunda-feira (13) à espera de uma vaga na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
“Ele sofreu um derrame e foi levado para o PA da zona norte. Como estava com muitas convulsões o transferiram para o hospital, entretanto, a situação é mais grave e aguardamos por uma vaga na UTI. Por enquanto ele está na ala de emergência, nas repartições”, disse.
De acordo com a assessoria de imprensa da Famema, a greve dos funcionários não afetou o atendimento. Todas as instituições de saúde pertencente ao complexo estão funcionando normalmente. A assessoria acrescente ainda que não foi necessária nem realizar uma escala especial para funcionar durante a greve, pois, neste ano, o movimento teve baixa adesão.