sexta-feira, 20 de janeiro de 2012


Foragido da saidinha, condenado por matar policial civil é preso

Ele estava abrigado em uma casa no Nova Marília 3 e tentou fugir

Na fuga, Edilson Pereira dos Santos, o Jabuticaba caiu e ficou todo sujo - Foto: Wagner Aith

Condenado pelo assassinato de um policial civil, ocorrido no início da década de 90, e beneficiado pela saída temporária de Ano Novo, o desempregado Edilson Pereira dos Santos, 40, mais conhecido como Jabuticaba, foi capturado ontem de manhã (19) pela Polícia Militar na zona sul da cidade após ficar 15 dias foragido.
Santos estava abrigado em uma casa no Nova Marília 3. Ao perceber que a polícia estava à sua procura, ele saiu pelos fundos e correu rua abaixo. Mesmo descalço, não foi alcançado pelos policiais mesmo tropeçando e caindo, porém foi visto tentando se refugiar em um imóvel em construção na rua Tereza Martins Morilhas.
“Ele correu muito, acredito que cerca de três quilômetros. Ele se escondeu no banheiro desta casa em construção. Quando eu vistoriava o local, dei de frente com ele e mandei que se entregasse. Ele percebeu que não teria outra saída e se rendeu”, conta o cabo da Polícia Militar Antônio Carlos Baroni Júnior.
A procura pelo foragido começou às 6h. Após receber denúncias sobre o paradeiro do desempregado, que estaria cobrando pedágio dos moradores, viatura fez diligências, mas Santos estava ausente. Os policiais resolveram aguardar algumas horas e recomeçar as buscas já por volta das 10h, quando aconteceu a perseguição e em seguida a captura.
Foram feitas buscas no imóvel onde ele se escondia e foram encontradas balança de precisão e porção de maconha. Já no Plantão Policial, Jabuticaba afirmou que a droga era para uso próprio e negou traficar. Bastante comunicativo, respondeu a todas as perguntas da imprensa e mostrou conhecimento de leis.
“Estou preso há mais de vinte anos. Deveria ter sido beneficiado pelo Mutirão Carcerário no ano passado, mas engavetaram o meu caso. Depois de tanto tempo, só fui regredir para o regime semi-aberto em junho. Quando recebi o benefício da saída temporária, fui desonesto com o sistema do mesmo modo que ele é comigo”, disse.
Ele também recordou o assassinato do investigador José Roberto no centro da cidade. Segundo o Ministério Público, Jabuticaba reagiu a abordagem, tomou a arma do policial civil e em seguida atirou contra ele e no delegado José Carlos Costa, na época chefe da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) e hoje seccional de Ourinhos.
“Fui indiciado por homicídio doloso, mas não tive intenção nenhuma de atirar, tanto que um dos disparos acertou a minha própria mão. Estávamos lutando no chão. Não tinha droga nem nada roubado comigo. Resisti a abordagem com medo de apanhar. Não queria matar ninguém e senti pela família dele. Não sou violento, não sou perigoso, muito menos assassino”, afirmou.
Jabuticaba, que acumula cerca de 20 anos entre condenações por homicídio, tráfico e furtos, foi recolhido na cadeia pública de Garça ainda ontem e aguarda remoção para a Penitenciária de São José do Rio Preto, onde cumpria a sua pena.




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