terça-feira, 31 de julho de 2012

Moradores do Linhão aguardam resposta da prefeitura

Defensoria Pública de Marília decidirá hoje os rumos do processo para remoção das famílias. Prazo judicial venceu ontem

INDECISÃO - Lucilene afirma que os moradores estão apreensivos sobre plano da prefeitura - Foto: Paulo Cansini

Os moradores do Linhão aguardam ansiosos pelo posicionamento da prefeitura sobre o plano de remoção das 34 famílias que residem na área de risco sob os fios de alta tensão da CPFL, localizada no bairro Santa Antonieta 2, zona norte. O prazo estipulado em audiência entre defensoria pública e prefeitura no dia 31 de maio venceu ontem. Segundo o defensor e coordenador da defensoria pública de Marília, Fernando Moris, o processo que tramita na 1ª Vara Cível de Marília será consultado hoje pelos defensores para analisar se o plano foi protocolado pela prefeitura. “Se foi protocolado vamos analisar se está compatível às necessidades das famílias, porém caso a prefeitura não tenha apresentado nada daremos procedência na ação para que a juíza aprecie a liminar e execute a multa diária de R$ 5 mil”, explica Moris.
Segundo a dona de casa Lucilene Aparecida Ferreira, 37, representante das famílias do local, os moradores estão ansiosos para saber qual será o plano apresentado pela prefeitura. Segundo ela alguns moradores querem abandonar o local, outros estão indecisos sobre o futuro. “Até o momento ninguém falou nada sobre o plano que será apresentado, acredito que eles estão nos enrolando novamente. Os moradores não vão aceitar morar com pagamento de aluguel e também não aceitamos apartamentos, pois eu tenho seis crianças e estou grávida de outra como vou residir em um apartamento. Espero que a prefeitura forneça casa, se não preferimos residir no Linhão. Eles deveriam dar prioridades para as famílias que estão com casas mais perto dos fios de alta tensão”, afirma Lucilene.
A indecisão da administração está deixando o morador Valdomiro Alves Ricardo, 64, autônomo, apreensivo sem saber qual será o futuro dos residentes do local. “Não moramos aqui porque queremos, mas sim porque temos necessidade, espero que agora a prefeitura tenha um projeto concreto que agrade a todos”.
O prazo estipulado pela CPFL (Companhia Paulista de Força e Luz) para retirada das famílias do local vence em setembro. A assessoria de imprensa da companhia informou que ainda não há posicionamento sobre a prorrogação de prazo, pois estão em negociação com a prefeitura.




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