sexta-feira, 1 de junho de 2012


Sem passarela, moradores se arriscam para atravessar a pista em Padre Nóbrega

No lançamento de novo conjunto habitacional no distrito, a prefeitura prometeu melhorias, mas até agora nada foi feito

MOTORISTAS - Neosvaldo reclama da falta de um trevo para entrar no novo bairro - Foto: Paulo Cansini

O conjunto habitacional construído pela prefeitura, há sete meses, no distrito de Padre Nóbrega realizou o sonho daqueles que almejavam a casa própria, entretanto, o sentimento de alegria durou pouco. Neste período, moradores do Jardim Triste Cavichiolli notaram diversos problemas de infraestrutura e sem atenção do poder público se sentem ilhados.
O conjunto de 358 casas que foram sorteadas para famílias com renda de até três salários mínimos no ano passado, está localizado do outro lado da Rodovia SP-294 (Comandante João Ribeiro de Barros). O trecho não conta com passarela para acesso ou um trevo para que motoristas entrem no novo bairro.
No lançamento do empreendimento, a prefeitura chegou até a prometer melhorias para o trânsito e sinalização, mas até agora nada foi feito. População é exposta aos riscos diariamente, já que as casas foram construídas a beira da pista, não tem sequer uma grade de proteção.
Como no bairro ainda não existe estabelecimento comercial, escola, e centros de lazer, a única alternativa para a população é atravessar a pista cinco a seis vezes por dia para ir até o mercado, farmácia e até para levar os filhos para a escola.
Na hora de atravessar, a atenção tem que ser redobrada. É o que fala a babá Cassiane de Souza, 29. Além de levar e buscar seus dois filhos na escola todos os dias da semana, ela também atravessa para fazer compras, ir à farmácia e fazer outras atividades do dia a dia. “Sem passarela, o jeito é correr. Sem opção, tem muita criança que atravessa aqui, é um absurdo”, conta. “Temos medo porque já vimos carros serem jogados aqui no barranco e ir parar em frente da nossa casa em acidentes”, desabafa.
Os motoristas também estão expostos a precariedade. Sem trevo para conversão, eles são obrigados a fazer uma manobra arriscada e proibida. “Quem segue de Marília para Padre Nóbrega, atravessa a faixa contrária, correndo perigo de acidente e de ser multado”, conta o motorista Neosvaldo do Nascimento, 49. “Mas se a polícia me parar, eu vou perguntar para ele o que ele faria se morasse ali, e ainda pediria para enviar a multa para o prefeito. Porque na situação que está não dá”, completa.




Compartilhe



0 Comentário(s)

    Escreva o seu comentário

Nenhum comentário:

Postar um comentário