terça-feira, 17 de abril de 2012

Sem reagir, idoso é executado com um tiro na cabeça em assalto à casa

Segundo a polícia, um dos autores já está identificado, mas não foi achado

Uma das cuidadoras é levada para prestar depoimento - Foto: Nilo Pavarini e Paulo Cansini

Mesmo sem reagir e até colaborando com os criminosos, o arquiteto aposentado Moacyr Reinaldo Artêncio, 82, foi morto com um tiro na cabeça durante assalto à sua casa, no Maria Izabel, bairro nobre da zona leste da cidade, ontem de manhã (16). Os autores do latrocínio (roubo seguido de assassinato) fugiram levando dinheiro e joias e não foram encontrados pela polícia.
Os dois bandidos agiram por volta das 10h e não usavam qualquer artifício para esconder seus rostos. Eles invadiram o imóvel, localizado na rua Antônio Molica, e renderam o idoso e uma de suas cuidadoras - ao todo, três trabalhavam no local, em regime de turnos -. Um dos ladrões estava armado de revólver calibre 38 e outro de faca de açougueiro e fizeram ameaças às vítimas.
Artêncio, que se recuperava de uma fratura em uma das pernas e por isso tinha dificuldades de locomoção, foi levado ao escritório da casa e obrigado a abrir o cofre. O aposentado obedeceu e, assim que o fez, foi baleado na testa, morrendo quase que instantaneamente. Rapidamente, os assaltantes roubaram todo o montante e fugiram.
Logo em seguida, a cuidadora acionou a Polícia Militar. Corpo de Bombeiros e SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) também foram comunicados, mas constataram o óbito ainda no local. Segundo foi apurado pelo Jornal Diário, durante o assalto, um dos criminosos chamou o arquiteto pelo nome e teria efetuado o disparo por ter sido reconhecido pelo aposentado.
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“Não posso falar muito para não atrapalhar as investigações, mas já sabemos que não houve arrombamento e que a vítima foi executada mesmo não tendo reagido. Na correria, o revólver e a faca usados no assalto foram deixados para trás”, afirmou o delegado plantonista Guilherme Marzola.
Testemunhas ouvidas pela polícia disseram que a dupla fugiu em uma Volkswagen Brasília amarela. No final da tarde, o veículo foi achado abandonado no Jardim Bandeirantes. Peritos do IC (Instituto de Criminalística), que já haviam trabalhado na cena do crime, estiveram no local e colheram diversas impressões digitais que podem auxiliar no trabalho investigativo.
“Levamos as três cuidadoras para a delegacia para auxiliar na apuração do crime. Já temos a identificação de um deles e estamos perto de levantar a identidade do segundo autor”, disse o delegado Pedro Luís Ceren, do 5º DP, responsável pelo caso. Até o fechamento desta edição, nenhum suspeito havia sido detido.




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